NAS SALAS DE AULA, o ensino de física ganhou mais um aliado: o tablet ADRIANO QUEIROZ |
Exercite Física no tablet
Os versos de "Química", do Legião Urbana ("Não saco nada de física, literatura ou gramática..."), que fizeram sucesso entre a juventude das décadas de 1980 e 1990, já são coisas do passado. Nos próximos anos, educadores terão instrumentos auxiliares ao ensino. E o Ceará não está muito distante dessa realidade. Cada vez mais escolas estão aderindo ao uso de lousas digitais, tablets e softwares como instrumentos pedagógicos. Mas, o que poucos sabem é que tem professor não só utilizando, mas desenvolvendo aplicativos com funções educativas. É o caso do Doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professor do curso de licenciatura em Física da Universidade Estadual do Ceará (UECE) de Quixadá, Alexandre Gonçalves Pinheiro. Ele acabou de ter três aplicativos aprovados para comercialização na Android Market. São eles: Movimentos da Física, Thermal Linear Expansion e Paint With Camera.
O primeiro vai auxiliar na subdisciplina de Cinemática, o segundo em Termologia e o terceiro é multifuncional, servindo desde ferramenta pedagógica para a educação infantil até o uso em análises de profissionais tão diversos quanto engenheiros, profissionais do trânsito ou do esporte.
Laboratório virtual
Os programas rodam em tablets e celulares e funcionam como uma espécie de laboratório virtual. O pesquisador lembra que começou "a desenvolver aplicativos para Android, uma espécie de Linux dos tablets, depois que cheguei do Texas, nos Estados Unidos, em agosto deste ano. Lá eu comprei um livro que ensinava como programar".
E por falar em Android, Alexandre Pinheiro é mesmo um entusiasta das possibilidades que essa linguagem traz ao universo da educação. "Não é preciso ter Mac, ao contrário do Iphone, para programar em Android. Sou pioneiro no Ceará em desenvolvimento direto para esta plataforma, embora já tivesse gente desenvolvendo aplicativos para tablet em Java com o Eclipse. Agora, a minha intenção é ir nas escolas e apresentá-los. Estou disposto a oferecer gratuitamente os aplicativos para aquelas que manifestarem interesse", garante.
Contudo, quem está pensando que é muito caro adquirir um aplicativo como esse se engana. Cada um dos aplicativos custa R$ 1,76. "Já teve gente até da Malásia comprando o software", comemora. Aliás, o professor aposta também na queda rápida nos preços dos tablets. Para ele, "vai baratear, porque já há 14 empresas habilitadas para desenvolvê-lo no Brasil. Apesar disso, o tablet ainda é novidade para os meus alunos lá em Quixadá, pois esse é um produto que ainda não chegou com força naquele mercado, mas acredito que até 2014 essa plataforma será líder, pois a linguagem é simples. Estudantes, a partir de 12 anos, já podem aprender a programar nele", afirma.
Nesse sentido, Pinheiro já está projetando pelo menos dois cursos para ensinar também a desenvolver em Android, usando o App Inventor, da Google.
A propósito, para Alexandre Pinheiro é preciso acabar com o estigma dessa disciplina. "A Física ainda é mal ensinada e por isso não atrai o interesse dos alunos. Essas ferramentas tecnológicas vêm para tirar o medo dos estudantes", brinca.
Mas ele é muito sério na hora de definir o que falta para o Brasil dar um salto rumo ao rol das grandes potências. "Os governos não investem o que deveriam em Física e em Ciência, de um modo geral, mas a coisa já melhorou. Educação é redistribuição de renda e conhecimento é poder. A Coreia do Sul é o que é por conta da educação", conclui.
Os versos de "Química", do Legião Urbana ("Não saco nada de física, literatura ou gramática..."), que fizeram sucesso entre a juventude das décadas de 1980 e 1990, já são coisas do passado. Nos próximos anos, educadores terão instrumentos auxiliares ao ensino. E o Ceará não está muito distante dessa realidade. Cada vez mais escolas estão aderindo ao uso de lousas digitais, tablets e softwares como instrumentos pedagógicos. Mas, o que poucos sabem é que tem professor não só utilizando, mas desenvolvendo aplicativos com funções educativas. É o caso do Doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professor do curso de licenciatura em Física da Universidade Estadual do Ceará (UECE) de Quixadá, Alexandre Gonçalves Pinheiro. Ele acabou de ter três aplicativos aprovados para comercialização na Android Market. São eles: Movimentos da Física, Thermal Linear Expansion e Paint With Camera.
O primeiro vai auxiliar na subdisciplina de Cinemática, o segundo em Termologia e o terceiro é multifuncional, servindo desde ferramenta pedagógica para a educação infantil até o uso em análises de profissionais tão diversos quanto engenheiros, profissionais do trânsito ou do esporte.
Laboratório virtual
Os programas rodam em tablets e celulares e funcionam como uma espécie de laboratório virtual. O pesquisador lembra que começou "a desenvolver aplicativos para Android, uma espécie de Linux dos tablets, depois que cheguei do Texas, nos Estados Unidos, em agosto deste ano. Lá eu comprei um livro que ensinava como programar".
E por falar em Android, Alexandre Pinheiro é mesmo um entusiasta das possibilidades que essa linguagem traz ao universo da educação. "Não é preciso ter Mac, ao contrário do Iphone, para programar em Android. Sou pioneiro no Ceará em desenvolvimento direto para esta plataforma, embora já tivesse gente desenvolvendo aplicativos para tablet em Java com o Eclipse. Agora, a minha intenção é ir nas escolas e apresentá-los. Estou disposto a oferecer gratuitamente os aplicativos para aquelas que manifestarem interesse", garante.
Contudo, quem está pensando que é muito caro adquirir um aplicativo como esse se engana. Cada um dos aplicativos custa R$ 1,76. "Já teve gente até da Malásia comprando o software", comemora. Aliás, o professor aposta também na queda rápida nos preços dos tablets. Para ele, "vai baratear, porque já há 14 empresas habilitadas para desenvolvê-lo no Brasil. Apesar disso, o tablet ainda é novidade para os meus alunos lá em Quixadá, pois esse é um produto que ainda não chegou com força naquele mercado, mas acredito que até 2014 essa plataforma será líder, pois a linguagem é simples. Estudantes, a partir de 12 anos, já podem aprender a programar nele", afirma.
Nesse sentido, Pinheiro já está projetando pelo menos dois cursos para ensinar também a desenvolver em Android, usando o App Inventor, da Google.
A propósito, para Alexandre Pinheiro é preciso acabar com o estigma dessa disciplina. "A Física ainda é mal ensinada e por isso não atrai o interesse dos alunos. Essas ferramentas tecnológicas vêm para tirar o medo dos estudantes", brinca.
Mas ele é muito sério na hora de definir o que falta para o Brasil dar um salto rumo ao rol das grandes potências. "Os governos não investem o que deveriam em Física e em Ciência, de um modo geral, mas a coisa já melhorou. Educação é redistribuição de renda e conhecimento é poder. A Coreia do Sul é o que é por conta da educação", conclui.
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