Clássico-Rei em 2012 deve mesmo ter apenas uma torcida presente no estádio

O duelo entre Ceará e Fortaleza na decisão do Campeonato Cearense Sub-20 serviu como um teste para a polícia que presta segurança aos torcedores cearenses. O clima de paz e festa imperou no estádio Presidente Vargas e este é um ponto positivo destacado pelo Capitão Eduardo Landim, que estava no comando da segurança no local.

"Apesar de ser uma final de campeonato Sub-20, nos cercamos de todo um aparato preparando para um cenário complicado", destaca o Capitão.

O sucesso da operação aconteceu desde a movimentação das torcidas ao Estádio Presidente Vargas. Landim cita que a ação da cavalaria, que acompanhou o acesso das torcidas organizadas ao PV, promoveu a calma no percurso, diferente de anos anteriores.

"Na parte de acesso do estádio conseguimos organizar com a cavalaria e não houve conflito, como acontecia antigamente. Isso já é passado. Agora existe ordem e organização. É o que o torcedor merece: conforto e segurança", pontua o policial.

Evaldo Lima, secretário de Esportes e Lazer, elogia comportamento das torcidas

A confusão registrada na noite de terça-feira aconteceu na sede da Cearamor que fica na Avenida João Pessoa. Segundo o Capitão, a torcida do Ceará deixou o estádio depois que o placar já estava muito desfavorável. Assim, à pedido dos próprios torcedores, a Cotam escoltou alguns grupos durante o percurso da volta.

Landim diz que uma pequena parte da torcida do Fortaleza também deixou o PV em direção a sede da organizada alvinegra na avenida João Pessoa. Trocaram insultos e arremessaram pedras, mas a situação foi rapidamente contornada com a ação dos policiais que faziam a escolta no local.

Imagens de câmeras de segurança instaladas em prédios próximos já foram solicitadas pela polícia. Elas devem ser avaliadas e os torcedores identificados para uma possível punição dentro do que rege o Estatuto do Torcedor. Espera-se que o ato sirva de exemplo, evitando mais problemas no futuro.

Prévia para 2012

Com o Campeonato Cearense de 2012 se aproximando, e tendo o Estádio Presidente Vargas como único palco viável para o Clássico-Rei na capital, já que o Castelão passa por reformas, o duelo entre Ceará e Fortaleza deve ser disputado apenas com uma torcida presente.

O grande problema, segundo o Capitão Landim, não está no ponto da segurança, mas na capacidade do PV. Suportando pouco mais de 20 mil torcedores nas arquibancadas, a situação, caso fosse liberada a entrada de Tricolores e Alvinegros, poderia ficar complicada com uma superlotação.

"Fica realmente difícil dizer a viabilidade dentro do estádio. Questão de acesso e saída, com policiamento e acompanhamento, temos condição realmente de fornecer a segurança que o torcedor merece. Dentro do Estádio o problema é a questão numérica, até física. Temos que ter cuidado porque superlotação no PV é uma questão muito complicada", diz o policial.

A solução debatida como possível pela polícia, já estudando a tabela do Estadual de 2012, seria um "jogo do primeiro turno com uma torcida e no segundo turno com outra torcida", destaca o Capitão.

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