O aniversário de 80 anos do Cristo Redentor foi comemorado com uma missa na manhã de ontem. A celebração foi conduzida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
Apesar de haver uma pequena capela no interior da base da estátua, o altar foi montado do lado de fora. As nuvens no céu, porém, encobriam a vista da cidade. Um nevoeiro provocou o cancelamento de apresentação da Esquadrilha da Fumaça
Participaram da cerimônia o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o descendente da família real Dom Antônio de Orleans e Bragança. Muitos turistas que visitavam o monumento também assistiram às comemorações.
“Um dos nossos melhores amigos, que a gente vê todos os dias, está comemorando 80 anos”, disse o prefeito. “O Cristo significa muito para o Rio. A qualquer momento, onde quer que esteja, o carioca pode olhar para o alto e ver a imagem do Redentor.”
Já o arcebispo destacou que a mensagem de Cristo é “universal”, e que a atração que a estátua exerce sobre diferentes povos reflete isso. “É um monumento dos católicos, mas tem uma dimensão universal, para todos”, disse.
A missa foi seguida pela inauguração de dois bustos localizados na parte de trás da estátua: um do cardeal Leme, ex-arcebispo do Rio e incentivador da criação do monumento, e outro do engenheiro Heitor da Silva Costa, responsável pela construção do Cristo.
Ontem, o prefeito Eduardo Paes publicou decreto em que reconhece Costa como autor do monumento.
Histórias a contar
O aniversário do Cristo foi a oportunidade que muitos esperavam para visitá-lo pela primeira vez. Quando as cariocas Eni da Silva Costa, 68, e Odair Mesquita dos Santos, 67, nasceram, a obra já encimava o Corcovado. Apesar disso, as duas nunca tinham visto o monumento de perto.
Santos contou que a visita foi organizada por um grupo de amigos de uma academia do bairro voltada para a terceira idade. Foram fretados dois ônibus para percorrer os quase 70 quilômetros que separam Paciência do Corcovado. “O Cristo é uma referência para o Rio e para o Brasil”, disse a professora Edjane Mesquista, que acompanhou a mãe no passeio.
Em 23 de outubro de 2009, a pernambucana Gilvania Ferreira, 37, e o paulistano Expedito Paz, 34, deixaram Recife, onde moram, para celebrar o casamento no santuário do Cristo Redentor. Ao saber que o monumento faria 80 anos resolveram retornar à cidade para participar das comemorações. “Ficamos sabendo no início do ano e decidimos marcar as férias para essa época. Até abdicamos de vir ao Rock in Rio para estar aqui hoje”, conta Ferreira.
Apesar da distância, cerca de 50 convidados viajaram de Recife ao Rio para participar do casamento, realizado no fim de tarde de uma sexta-feira. O céu, bastante encoberto naquele dia, conferiu um clima especial à comemoração. Já a foto em frente ao monumento com o padre que celebrou a união só foi feita ontem. Como ele não estava no local no dia seguinte ao casamento, o casal não tinha conseguido fazer o registro.
“A gente tinha que ter essa foto”, diz Ferreira, mostrando, feliz, a imagem na câmera digital. (Folhapress).
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