Para o especialista, a política de redução de juros determinada na última reunião do Copom pode ser um risco DIVULGAÇÃO |
Para ex-presidente do BC, valorizar mercado interno vai ancorar a economia nacional, nos próximos anos
Acima da média nacional nos últimos anos, o crescimento da economia nordestina poderá continuar em alta nos próximos anos, segundo o economista e ex-diretor do Banco Central do Brasil (BC), Gustavo Loyola. Ministrando palestra inaugural da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ontem pela manhã, em Fortaleza, ele disse estar no aumento real do salário mínimo em 2012 e na valorização do mercado interno, principalmente o setor de bens e serviços, as garantias desta declaração. Loyola ressaltou a população mais carente da região como a principal beneficiada com o aumento do salário no ano que vem, o que, segundo ele, de certo modo também impulsionaria os empresários - "com ênfase para os que atuam no mercado interno".
"A massa salarial vai continuar em alta em termos reais e o brasileiro vai continuar tendo poder de compra para consumir. O crédito continua em expansão, o que dá capacidade de consumo adicional para as famílias e para as empresas", argumentou sobre a manutenção do crescimento nacional também.
Conselho
No entanto, ele alertou para uma média menor que a conquistada pela economia no ano de 2010. Segundo explicou, é preciso o empresário estar atento sobre o cenário internacional e "ter um pouco de cautela no momento no qual as coisas não estão bem definidas no exterior", além de lembrar do que aconteceu em 2009, "onde as empresas foram fortemente atingidas à época redução da liquidez", afirmou
"O Conselho que eu faria, é que as empresas protejam seu caixa, trabalhem um pouco mais liquidas, evitem endividamento, principalmente, de curto prazo. Acho importante manter uma certa reserva para eventualmente enfrentar uma situação mais difícil".
Acreditando que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional feche em R$ 3,5 bilhões em 2011, o ex-diretor do BC lançou sobre as políticas econômicas, "principalmente, a fiscal e a de regulação bancária", a construção de uma solidez no País.
"As empresas brasileiras se deparam com custos elevados para competir internacionalmente, custos tributários, burocráticos, trabalhistas e de várias naturezas e, sinceramente, eu não vejo o governo atuando de maneira mais sistemática para reduzir esses custos", protestou Gustavo Loyola.
Política de juros
Loyola ainda criticou a política de redução dos juros desempenhada pelo BC na última semana. De acordo com ele, a instituição estaria "assumindo riscos grandes em termos de inflação" ao acreditar que o cenário internacional assumisse uma situação de maior gravidade.
"Acho que o foco do BC brasileiro deveria continuar sendo a inflação doméstica e, portanto, eu preferiria que o BC tivesse apenas na última reunião, ter aparecido com a mesma taxa de juros". Segundo contou, ele acredita em uma manutenção desta política de redução na reunião do Copom desta semana e do próximo mês.
Acima da média nacional nos últimos anos, o crescimento da economia nordestina poderá continuar em alta nos próximos anos, segundo o economista e ex-diretor do Banco Central do Brasil (BC), Gustavo Loyola. Ministrando palestra inaugural da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ontem pela manhã, em Fortaleza, ele disse estar no aumento real do salário mínimo em 2012 e na valorização do mercado interno, principalmente o setor de bens e serviços, as garantias desta declaração. Loyola ressaltou a população mais carente da região como a principal beneficiada com o aumento do salário no ano que vem, o que, segundo ele, de certo modo também impulsionaria os empresários - "com ênfase para os que atuam no mercado interno".
"A massa salarial vai continuar em alta em termos reais e o brasileiro vai continuar tendo poder de compra para consumir. O crédito continua em expansão, o que dá capacidade de consumo adicional para as famílias e para as empresas", argumentou sobre a manutenção do crescimento nacional também.
Conselho
No entanto, ele alertou para uma média menor que a conquistada pela economia no ano de 2010. Segundo explicou, é preciso o empresário estar atento sobre o cenário internacional e "ter um pouco de cautela no momento no qual as coisas não estão bem definidas no exterior", além de lembrar do que aconteceu em 2009, "onde as empresas foram fortemente atingidas à época redução da liquidez", afirmou
"O Conselho que eu faria, é que as empresas protejam seu caixa, trabalhem um pouco mais liquidas, evitem endividamento, principalmente, de curto prazo. Acho importante manter uma certa reserva para eventualmente enfrentar uma situação mais difícil".
Acreditando que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional feche em R$ 3,5 bilhões em 2011, o ex-diretor do BC lançou sobre as políticas econômicas, "principalmente, a fiscal e a de regulação bancária", a construção de uma solidez no País.
"As empresas brasileiras se deparam com custos elevados para competir internacionalmente, custos tributários, burocráticos, trabalhistas e de várias naturezas e, sinceramente, eu não vejo o governo atuando de maneira mais sistemática para reduzir esses custos", protestou Gustavo Loyola.
Política de juros
Loyola ainda criticou a política de redução dos juros desempenhada pelo BC na última semana. De acordo com ele, a instituição estaria "assumindo riscos grandes em termos de inflação" ao acreditar que o cenário internacional assumisse uma situação de maior gravidade.
"Acho que o foco do BC brasileiro deveria continuar sendo a inflação doméstica e, portanto, eu preferiria que o BC tivesse apenas na última reunião, ter aparecido com a mesma taxa de juros". Segundo contou, ele acredita em uma manutenção desta política de redução na reunião do Copom desta semana e do próximo mês.
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