quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Após seis horas de reunião, professores e governo não chegam a um acordo e greve continua

Segundo Ivo Gomes (de azul, à direita), Governo prioriza educação

  (Assessoria do Governo do Estado)
Segundo Ivo Gomes (de azul, à direita), Governo prioriza educação (Assessoria do Governo do Estado)
A greve, por enquanto, continua. Esse foi o principal desfecho da reunião entre representantes da rede estadual de ensino, que estão com as atividades paralisadas há dois meses, e o Governo do Estado.

Realizado na tarde desta terça-feira, 4, no Palácio da Abolição, o encontro durou pelo menos seis horas. Os professores saíram de lá com a promessa de que o Governo estaria disposto a renegociar os valores do aumento salarial.
Também foi prometida a criação de uma tabela para incluir todos os professores, tanto os de nível médio quanto os da rede fundamental, nos novos valores

O comando de greve pediu prazo para levar a proposta à categoria. A próxima assembleia ocorrerá no ginásio Paulo Sarasate, nesta sexta-feira, 7, quando será votada a suspensão, ou não, da greve.

Manifestação na Assembleia

Sobre o protesto na última quinta-feira, 29, o chefe do Gabinete do Governador, Ivo Gomes, presente na reunião, afirmou que o Governo repudia a violência e não concorda com o que aconteceu. "Nunca tivemos nenhum confronto com movimentos sociais em quatro anos e dez meses de governo”, sustenta.

Segundo ele, o canal de comunicação entre Governo e professores sempre esteve aberto, haja vista as mais de dez reuniões já feitas, desde o início da greve.

Anistia e ameaças

Pressionado, o Governo do Estado trabalha pelo fim do impasse com os professores, e sinalizou, nesta terça, com a dispensa da multa definida pela Justiça. 

No último dia 6, a pedido do Governo do Estado, o Tribunal de Justiça determinou o retorno ao trabalho e estabeleceu multa diária de R$ 10 mil para cada dia paralisado. O montante já se aproxima dos R$ 300 mil.

Por outro lado, caso a greve se mantenha, há a possibilidade de os dias paralisados serem convertidos em abandodo de emprego.

Isso abriria a brecha jurídica para o Governo do Estado abrir processo administrativo contra os grevistas, o que pode resultar em demissão dos professores do serviço público estadual.



Redação O POVO Online

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