A campanha do desarmamento foi lançada ontem, no Ceará, que tem altos índices de mortes de adolescentes KIKO SILVA |
No Sinarm, estão registradas, no Ceará, 85 mil armas. No Brasil, são 16 milhões e apenas dois milhões são de policiais
Cerca de 241 mil armas estão nas mãos de civis no Ceará, dessas 48% são ilegais. No Estado, existem 2,9 armas para cada 100 habitantes. Os dados são do Estudo realizado em 2010 pelo Viva Rio, em parceria com a Subcomissão de Armas do Congresso Nacional que revela o mapa das armas no Brasil. No Sistema Nacional de Armas (Sinarm), estão registrados, no Ceará, 85 mil instrumentos. No Brasil, são 16 milhões de armas de fogo, dessas apenas 2 milhões estão nas mãos de policiais. Isso quer dizer que 14 milhões delas estão em poder da sociedade civil, dos quais a maioria é ilegal.
Mais de 250 mil armas entram no mercado brasileiro por ano. O problema é que há muitos desvios dos instrumentos que são direcionados à segurança privada, como informa o coordenador da mobilização da campanha nacional do desarmamento e representante da Rede Desarma Brasil no Ceará, Duda Quadros.
Essa é a triste realidade de um País que convive, hoje, com números alarmantes de violência, sobretudo entre jovens. A cada 15 minutos, uma pessoa é morta por arma de fogo no Brasil. O último Mapa da Violência mostrou que Fortaleza é a 14ª Capital com maior taxa de homicídios do País, à frente de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A pesquisa aponta um crescimento de 148,8%, entre 1998 e 2008, passando de 162 pessoas para 403.
O Ceará está entre os Estados que registram mais mortes na adolescência, e a maior parte são de homicídios por arma de fogo. Esse índice é ainda mais acentuado entre os adolescentes homens e negros, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal.
De acordo com Duda Quadros, os jovens são as grandes vítimas da violência e existe uma ligação clara entre a disponibilização de armas e essa violência contra crianças e adolescentes. "Não que a violência dependa da existência desses instrumentos, mas eles são grandes impulsionadores". Para ele, a campanha é uma forma de estimular as pessoas a entregarem as armas que são tão ofensivas.
A maioria dos cidadãos que repassam os instrumentos são homens de idade média ou idosos. A mobilização ainda não chegou aos jovens. "Estamos trabalhando esse convencimento". Além dos jovens, outra preocupação é a violência contra a mulher que tem crescido.
LINA MOSCOSOREPÓRTER
Cerca de 241 mil armas estão nas mãos de civis no Ceará, dessas 48% são ilegais. No Estado, existem 2,9 armas para cada 100 habitantes. Os dados são do Estudo realizado em 2010 pelo Viva Rio, em parceria com a Subcomissão de Armas do Congresso Nacional que revela o mapa das armas no Brasil. No Sistema Nacional de Armas (Sinarm), estão registrados, no Ceará, 85 mil instrumentos. No Brasil, são 16 milhões de armas de fogo, dessas apenas 2 milhões estão nas mãos de policiais. Isso quer dizer que 14 milhões delas estão em poder da sociedade civil, dos quais a maioria é ilegal.
Mais de 250 mil armas entram no mercado brasileiro por ano. O problema é que há muitos desvios dos instrumentos que são direcionados à segurança privada, como informa o coordenador da mobilização da campanha nacional do desarmamento e representante da Rede Desarma Brasil no Ceará, Duda Quadros.
Essa é a triste realidade de um País que convive, hoje, com números alarmantes de violência, sobretudo entre jovens. A cada 15 minutos, uma pessoa é morta por arma de fogo no Brasil. O último Mapa da Violência mostrou que Fortaleza é a 14ª Capital com maior taxa de homicídios do País, à frente de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A pesquisa aponta um crescimento de 148,8%, entre 1998 e 2008, passando de 162 pessoas para 403.
O Ceará está entre os Estados que registram mais mortes na adolescência, e a maior parte são de homicídios por arma de fogo. Esse índice é ainda mais acentuado entre os adolescentes homens e negros, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal.
De acordo com Duda Quadros, os jovens são as grandes vítimas da violência e existe uma ligação clara entre a disponibilização de armas e essa violência contra crianças e adolescentes. "Não que a violência dependa da existência desses instrumentos, mas eles são grandes impulsionadores". Para ele, a campanha é uma forma de estimular as pessoas a entregarem as armas que são tão ofensivas.
A maioria dos cidadãos que repassam os instrumentos são homens de idade média ou idosos. A mobilização ainda não chegou aos jovens. "Estamos trabalhando esse convencimento". Além dos jovens, outra preocupação é a violência contra a mulher que tem crescido.
LINA MOSCOSOREPÓRTER
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