terça-feira, 5 de julho de 2011

Lista negra de Dilma Rousseff tem Alfredo Nascimento no topo

Por: Márcio Dornelles
Ministro Alfredo Nascimento e Dilma
O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, está por um fio no cargo. As denúncias de corrupção na pasta, publicadas pela revista Veja desta semana, derrubaram o chefe de gabinete, Mauro Barbosa, o diretor geral do Dnit, Luiz Pagot, e outros assessores. Mas o próprio Nascimento tem uma corda presa no pescoço. A presidente Dilma Rousseff estava insatisfeita com o trabalho desenvolvido pelo ministério e agora, após as acusações, se dispõe a desmontar toda a cúpula dos Transportes. O governador Cid Gomes já havia investido contra a administração das estradas federais no Ceará. De Sobral, classificou o ministério de "antro de corrupção" e mandou recado para o titular: "inepto, incompetente e desonesto".
Um dos ministros confidenciou que a presidente montou uma lista negra e as denúncias contra o ministério dos Transportes levaram Alfredo Nascimento ao topo. A seguir: Pedro Novais (Turismo), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Educação), Moreira Franco (SAE), Ana de Hollanda (Cultura) e Luiz Sérgio (Pesca).
Cid e Nascimento: enredo de filme
Primeiro capítulo: O governador Cid Gomes desafabou em Sobral e pediu recuperação das BRs, especiamente da 222, em piores condições. Nascimento não gostou das declarações, negou que Cid tenho o procurado, justificou a precariedade das estradas com a operação da Polícia Federal e ainda entrou com uma queixa crime contra o cearense.
Segundo capítulo: Alfredo Nascimento visitou o Ceará em junho, anunciou pacote de investimentos, prometeu resultados, pediu desculpas ao Ceará e disse que o governador reclamou com razão. No dia seguinte, Cid afirmou que o ministro dos Transportes foi humilde ao reconhecer os problemas e completou: "O que eu quero é que se resolva o estado das estradas do Ceará. E me dou absolutamente por satisfeito se isso acontecer”, disse.
Terceiro: Nascimento se equilibra em uma corda bamba. A crise no Ministério dos Transportes aumentou com a comprovação das denúncias de Cid e derrubou a cúpula da pasta, incluindo o diretor geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot. Confiando na própria inocência, Alfredo Nascimento tenta se manter no cargo, mas não há qualquer garantia de Brasília de que está salvo da degola.

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