Robinho e Daniel Alves disputam a mesma bola: imagem diz tudo sobre o que foi a partida de ontem, especialmente no segundo tempo, quando a equipe de Mano Menezes não ameaçou a Venezuela FOTO: REUTERS |
O Brasil repetiu neste domingo o desfecho da estreia da Argentina na Copa América. Jogou mal, viu sua principal estrela (Neymar) ter atuação apagada e apenas empatou com o adversário mais frágil do grupo, a Venezuela. O placar de 0 a 0 reflete bem o que foi o jogo contra os venezuelanos em La Plata.
No primeiro jogo oficial sob o comando do técnico Mano Menezes, o time do Brasil mostrou entrosamento, mas pouca eficiência ofensiva. Assim, a Seleção Brasileira repetiu o enredo da Argentina de Messi, que só empatou com a Bolívia, por 1 a 1, na última sexta-feira, também em La Plata. O Brasil volta a jogar no sábado, às 16h. Já a Venezuela entra em campo no mesmo dia, às 18h30, em Salta, contra o Equador.
Contra um adversário frágil, o time brasileiro tocou bastante a bola no meio-de-campo, não sofreu sustos e chegou com facilidade à área venezuelana. Faltou, porém, o último passe, ou mesmo maior cuidado na hora da finalização. Tanto que o goleiro Vega quase não teve trabalho em todo o primeiro tempo. A melhor oportunidade foi aos 26 minutos. O lateral Daniel Alves apareceu pela ponta direita e tocou para o volante Lucas Leiva, que não alcançou. A bola sobrou para o atacante Alexandre Pato, que abriu espaço sobre a marcação e bateu firme, carimbando o travessão.
Outra boa chance para o Brasil aconteceu aos 38. Robinho, chutou rasteiro, tirando do alcance do goleiro Vega. O defensor Vizcarrondo salvou com o ombro, em cima da linha.
No segundo tempo, o jogo ficou ainda pior, sem grandes chances para as duas equipes e acabou mesmo em 0 a 0.
Discussão
De acordo com Mano Menezes, o treinador adversário, Cesar Farías, entrou no túnel de acesso aos vestiários ofendendo Neymar, por causa de um lance no final do primeiro tempo. Mano foi em defesa de Neymar e discutiu com Farías. "Ele estava dando uma dura no Neymar. Eu lhe disse que quem tem de fazer isso, se houver necessidade, sou eu, o técnico do jogador", declarou Mano Menezes.
Sobre a partida, para justificar a atuação do Brasil no empate na estreia na Copa América, Mano Menezes reconheceu vários erros da Seleção "O time estava muito lento a partir do meio-campo, errava muitos passes e fazia o óbvio pelos flancos, com apenas um atacante entre os zagueiros da Venezuela", justificou o treinador.
SHOW DE ERROS
Desorganização impera no torneio
Um show de desorganização. Foi o que se viu neste domingo em La Plata, antes, durante e após o jogo do Brasil.
O primeiro grande mico ficou por conta do silêncio no estádio no momento em que os jogadores dos dois times estavam perfilados à espera da execução dos hinos nacionais. Sem aquecimento, permaneceram três minutos parados, esperando a música, que não veio. Com vaias, o público acusou a gafe.
Depois de algumas horas em que a conexão com a internet surgia como missão quase impossível - também faltou luz no estádio -, o rigor dos seguranças na averiguação de credenciais e ingressos não impediu que um cachorro invadisse o campo aos 27 minutos de jogo. Sem que ninguém o intimidasse, o vira-lata seguiu as indicações de saída e não deu mais o ar de sua graça.
Fora do estádio, policiais e voluntários recrutados pela organização não chegavam a um acordo sobre as áreas destinadas aos estacionamentos. Eles se confundiam, davam informações contraditórias e provocavam congestionamentos no trânsito. Se não bastasse, o início da partida atrasou em oito minutos e nas entrevistas pós-jogo ocorreu muito tumulto.
ANÁLISE
Muitos craques e pouco futebol em La Plata
Paulo César Norões
Direto de La Plata, Argentina
Decepção. Esse é o sentimento que toma conta de brasileiros e argentinos depois das estreias de suas seleções na Copa América. Dois times cheios de grifes milionárias, craques consagrados em seus clubes, mas que não corresponderam às expectativas. A Argentina de Messi apresentou um futebol muito aquém de suas possibilidades contra a Bolívia. Messi até deu a impressão de que deslancharia, com boas jogadas no início do jogo. Depois, simplesmente sumiu. No jogo do Brasil, destaque só para a boa presença de cearenses, com bandeiras do Ceará e do Fortaleza. De resto, foi assustador ver quatro jogadores talentosos jogarem tão mal numa mesma partida. Ganso tímido, Neymar firuleiro, Pato isolado e Robinho disperso. Não podia dar certo. E não deu. A ponto de a Seleção no segundo tempo não dar um chute sequer na direção do gol adversário.
Ficha Técnica
Brasil 0
Julio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires (Elano), Paulo Henrique Ganso e Robinho (Fred); Neymar e Alexandre Pato (Lucas)
Técnico: Mano Menezes
Venezuela 0
Vega; Rosales, Vizcarrondo, Porozo e Cichero; Lucena, Rincón, Arango e González (Di Giorgi); Fedor (Maldonado) e Rondón (Moreno)
Técnico: César Farías
Competição: Copa América-2011 (fase de grupos)
Local: Estádio Ciudad De La Plata, em La Plata, Argentina
Data: 3 de julho de 2011
Árbitro: Raúl Orozco (BOL)
Auxiliares: Efráin Castro (BOL) e Marvin Torrente (MEX)
Cartões amarelos: Thiago Silva (BRA); Lucena, Rondón e González (VEN)
Contra um adversário frágil, o time brasileiro tocou bastante a bola no meio-de-campo, não sofreu sustos e chegou com facilidade à área venezuelana. Faltou, porém, o último passe, ou mesmo maior cuidado na hora da finalização. Tanto que o goleiro Vega quase não teve trabalho em todo o primeiro tempo. A melhor oportunidade foi aos 26 minutos. O lateral Daniel Alves apareceu pela ponta direita e tocou para o volante Lucas Leiva, que não alcançou. A bola sobrou para o atacante Alexandre Pato, que abriu espaço sobre a marcação e bateu firme, carimbando o travessão.
Outra boa chance para o Brasil aconteceu aos 38. Robinho, chutou rasteiro, tirando do alcance do goleiro Vega. O defensor Vizcarrondo salvou com o ombro, em cima da linha.
No segundo tempo, o jogo ficou ainda pior, sem grandes chances para as duas equipes e acabou mesmo em 0 a 0.
Discussão
De acordo com Mano Menezes, o treinador adversário, Cesar Farías, entrou no túnel de acesso aos vestiários ofendendo Neymar, por causa de um lance no final do primeiro tempo. Mano foi em defesa de Neymar e discutiu com Farías. "Ele estava dando uma dura no Neymar. Eu lhe disse que quem tem de fazer isso, se houver necessidade, sou eu, o técnico do jogador", declarou Mano Menezes.
Sobre a partida, para justificar a atuação do Brasil no empate na estreia na Copa América, Mano Menezes reconheceu vários erros da Seleção "O time estava muito lento a partir do meio-campo, errava muitos passes e fazia o óbvio pelos flancos, com apenas um atacante entre os zagueiros da Venezuela", justificou o treinador.
SHOW DE ERROS
Desorganização impera no torneio
Um show de desorganização. Foi o que se viu neste domingo em La Plata, antes, durante e após o jogo do Brasil.
O primeiro grande mico ficou por conta do silêncio no estádio no momento em que os jogadores dos dois times estavam perfilados à espera da execução dos hinos nacionais. Sem aquecimento, permaneceram três minutos parados, esperando a música, que não veio. Com vaias, o público acusou a gafe.
Depois de algumas horas em que a conexão com a internet surgia como missão quase impossível - também faltou luz no estádio -, o rigor dos seguranças na averiguação de credenciais e ingressos não impediu que um cachorro invadisse o campo aos 27 minutos de jogo. Sem que ninguém o intimidasse, o vira-lata seguiu as indicações de saída e não deu mais o ar de sua graça.
Fora do estádio, policiais e voluntários recrutados pela organização não chegavam a um acordo sobre as áreas destinadas aos estacionamentos. Eles se confundiam, davam informações contraditórias e provocavam congestionamentos no trânsito. Se não bastasse, o início da partida atrasou em oito minutos e nas entrevistas pós-jogo ocorreu muito tumulto.
ANÁLISE
Muitos craques e pouco futebol em La Plata
Paulo César Norões
Direto de La Plata, Argentina
Decepção. Esse é o sentimento que toma conta de brasileiros e argentinos depois das estreias de suas seleções na Copa América. Dois times cheios de grifes milionárias, craques consagrados em seus clubes, mas que não corresponderam às expectativas. A Argentina de Messi apresentou um futebol muito aquém de suas possibilidades contra a Bolívia. Messi até deu a impressão de que deslancharia, com boas jogadas no início do jogo. Depois, simplesmente sumiu. No jogo do Brasil, destaque só para a boa presença de cearenses, com bandeiras do Ceará e do Fortaleza. De resto, foi assustador ver quatro jogadores talentosos jogarem tão mal numa mesma partida. Ganso tímido, Neymar firuleiro, Pato isolado e Robinho disperso. Não podia dar certo. E não deu. A ponto de a Seleção no segundo tempo não dar um chute sequer na direção do gol adversário.
Ficha Técnica
Brasil 0
Julio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires (Elano), Paulo Henrique Ganso e Robinho (Fred); Neymar e Alexandre Pato (Lucas)
Técnico: Mano Menezes
Venezuela 0
Vega; Rosales, Vizcarrondo, Porozo e Cichero; Lucena, Rincón, Arango e González (Di Giorgi); Fedor (Maldonado) e Rondón (Moreno)
Técnico: César Farías
Competição: Copa América-2011 (fase de grupos)
Local: Estádio Ciudad De La Plata, em La Plata, Argentina
Data: 3 de julho de 2011
Árbitro: Raúl Orozco (BOL)
Auxiliares: Efráin Castro (BOL) e Marvin Torrente (MEX)
Cartões amarelos: Thiago Silva (BRA); Lucena, Rondón e González (VEN)
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