Dorgival Dantas vai interpretar suas canções na noite da segunda-feira. Elas já são conhecidas do público na voz de outras bandas de Forró |
Crato A Expocrato é conhecida por reunir no mesmo espaço o tradicional e o moderno, seja na feira agropecuária, seja na programação musical. Este ano, dentre as atrações, o destaque é para o grupo Exaltasamba, que anunciou recentemente seu fim e incluiu o evento na sua turnê de despedida no dia 13 de julho. "A Expocrato traz shows de diversos estilos musicais, como a banda ´Pouca Vocal´, do vocalista do Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger, a banda Calypso, Aviões do Forró, Asa de Água, Bruno e Marrone, entre outros. A expectativa é que o público chegue a 140 mil", diz Rafael Branco, produtor de shows da exposição. As vendas para o evento começaram no dia 20 de junho e o pacote para todos os dias de shows vai custar, inicialmente, R$ 90,00 na pista e R$ 250,00 na área vip. Os ingressos individuais custarão entre R$ 10,00 e R$ 15,00.
No domingo (10), se apresentam Léo Magalhães, Amigos Sertanejos, Geraldinho Lins e Italo e Renno. No dia seguinte, Sorriso Maroto, Dorgival Dantas e Mala Mansa. Já na terça-feira (12), rock e axé com as bandas Pouca Vogal e Axé Meu Rei. No dia 13, o público irá se despedir do grupo Exaltasamba e dançar ao som do Forró da Xêta, Magníficos e Forró de Luxo. Na quinta-feira, axé e forró com os grupos Asa de Águia, Furacão do Forró, Forró da Curtição e Forró di Taipa. A sexta-feira, dia 15, promete ser de grande lotação, com Aviões do Forró, Muído, Solteirões e Kokitel do Forró. Garota Safada, Banda Calypso, Capim Cubano e Ala Ursa comandam a noite de sábado. E no domingo, última noite de festa, com Bruno e Marrone, Arreio de Ouro e Forró da Pegação.
Saudosismo
O parque de exposições se transforma na vitrine do Cariri, um museu a céu aberto que mostra as potencialidades de uma região que nasceu na sombra dos velhos engenhos de rapadura. O cheiro gostoso do mel quente do engenho instalado dentro do parque se espalha num raio de um quilômetro, lembrando os velhos tempos, quando a agroindústria canavieira era à base da economia regional. O engenho é a imagem do Cariri rico, dominado por uma aristocracia rural que desaguou na violência dos coronéis.
Os engenhos de rapadura acrescentaram à paisagem nordestina uma de suas características mais expressivas, tendo o homem como seu principal protagonista. O trabalho de sol a sol. O vaivém dos "cambiteiros", carregando cana para as moendas, os movimentos do mestre trocando a garapa entre os tachos, o passo lerdo dos animais, o bulício contínuo do pessoal, homens, bichos e coisas associados no trabalho da "moagem" produzem inalterável ritmo contido numa energia sem desperdício, ação de nervos e músculos galvanizados por uma continuidade de flagrantes expressivos.
Mais na frente, uma lembrança do Cariri pobre, solidário, trabalhador. É a casa de farinha que ainda hoje sobrevive em cima da Serra do Araripe. É o espaço onde o homem simples exercita o seu convívio cotidiano com a natureza, transformando raízes de mandioca em massa. É a vida aperreada do sertão, a luta pela sobrevivência, o espelho de uma agricultura atrasada, pobre, que não perdeu a sua magia o seu fascínio. A casa de farinha é a mais solidária de todas as atividades agrícolas do Cariri. Homens, mulheres e crianças, geralmente, da mesma família, fazem da casa de farinha o seu ganha-pão. A mandioca sendo transformada em farinha, beiju, tapioca, goma, bolo de puba e outras comidas herdadas dos índios Kariri.
Atividade tradicional
A farinhada ou desmancha da mandioca é uma das atividades das mais alegres e rústicas. Tudo é primitivo. Mulheres, mocinhas, crianças sentam-se ao chão e, enquanto raspam a mandioca, vão cantando e brincando e namorando. Homens musculosos, nus da cintura pra cima, puxam a roda pra ralar a mandioca, serviço pesado, chega a ser uma competição entre eles, cantam desafio, participam, às vezes pelo gosto lúdico e competitivo.
Mistura
A Expocrato, cujo nome oficial é Exposição Centro Nordestina e Agropecuária do Crato, mistura cultura, feira agropecuária e shows musicais. Está entre os grandes eventos do Nordeste brasileiro. Na parte externa são instalados diversos estandes voltados para agronegócios e serviços, como telefonia, farmácia, produtos industrializados diversos, palco para apresentações folclóricas e performance de bandas de MPB, agências bancárias, comidas típicas. Complementando a estrutura, agências dos Bancos do Nordeste (BNB), do Brasil (BB) e o Bradesco de 28 Municípios da região do Cariri estarão no parque para fornecer linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aos produtores interessados. (A.V.)
MAIS INFORMAÇÕES
Expocrato 2011 - De 10 a 17 de julho, no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante
Ingressos: de R$ 10,00 a R$ 15,00
No domingo (10), se apresentam Léo Magalhães, Amigos Sertanejos, Geraldinho Lins e Italo e Renno. No dia seguinte, Sorriso Maroto, Dorgival Dantas e Mala Mansa. Já na terça-feira (12), rock e axé com as bandas Pouca Vogal e Axé Meu Rei. No dia 13, o público irá se despedir do grupo Exaltasamba e dançar ao som do Forró da Xêta, Magníficos e Forró de Luxo. Na quinta-feira, axé e forró com os grupos Asa de Águia, Furacão do Forró, Forró da Curtição e Forró di Taipa. A sexta-feira, dia 15, promete ser de grande lotação, com Aviões do Forró, Muído, Solteirões e Kokitel do Forró. Garota Safada, Banda Calypso, Capim Cubano e Ala Ursa comandam a noite de sábado. E no domingo, última noite de festa, com Bruno e Marrone, Arreio de Ouro e Forró da Pegação.
Saudosismo
O parque de exposições se transforma na vitrine do Cariri, um museu a céu aberto que mostra as potencialidades de uma região que nasceu na sombra dos velhos engenhos de rapadura. O cheiro gostoso do mel quente do engenho instalado dentro do parque se espalha num raio de um quilômetro, lembrando os velhos tempos, quando a agroindústria canavieira era à base da economia regional. O engenho é a imagem do Cariri rico, dominado por uma aristocracia rural que desaguou na violência dos coronéis.
Os engenhos de rapadura acrescentaram à paisagem nordestina uma de suas características mais expressivas, tendo o homem como seu principal protagonista. O trabalho de sol a sol. O vaivém dos "cambiteiros", carregando cana para as moendas, os movimentos do mestre trocando a garapa entre os tachos, o passo lerdo dos animais, o bulício contínuo do pessoal, homens, bichos e coisas associados no trabalho da "moagem" produzem inalterável ritmo contido numa energia sem desperdício, ação de nervos e músculos galvanizados por uma continuidade de flagrantes expressivos.
Mais na frente, uma lembrança do Cariri pobre, solidário, trabalhador. É a casa de farinha que ainda hoje sobrevive em cima da Serra do Araripe. É o espaço onde o homem simples exercita o seu convívio cotidiano com a natureza, transformando raízes de mandioca em massa. É a vida aperreada do sertão, a luta pela sobrevivência, o espelho de uma agricultura atrasada, pobre, que não perdeu a sua magia o seu fascínio. A casa de farinha é a mais solidária de todas as atividades agrícolas do Cariri. Homens, mulheres e crianças, geralmente, da mesma família, fazem da casa de farinha o seu ganha-pão. A mandioca sendo transformada em farinha, beiju, tapioca, goma, bolo de puba e outras comidas herdadas dos índios Kariri.
Atividade tradicional
A farinhada ou desmancha da mandioca é uma das atividades das mais alegres e rústicas. Tudo é primitivo. Mulheres, mocinhas, crianças sentam-se ao chão e, enquanto raspam a mandioca, vão cantando e brincando e namorando. Homens musculosos, nus da cintura pra cima, puxam a roda pra ralar a mandioca, serviço pesado, chega a ser uma competição entre eles, cantam desafio, participam, às vezes pelo gosto lúdico e competitivo.
Mistura
A Expocrato, cujo nome oficial é Exposição Centro Nordestina e Agropecuária do Crato, mistura cultura, feira agropecuária e shows musicais. Está entre os grandes eventos do Nordeste brasileiro. Na parte externa são instalados diversos estandes voltados para agronegócios e serviços, como telefonia, farmácia, produtos industrializados diversos, palco para apresentações folclóricas e performance de bandas de MPB, agências bancárias, comidas típicas. Complementando a estrutura, agências dos Bancos do Nordeste (BNB), do Brasil (BB) e o Bradesco de 28 Municípios da região do Cariri estarão no parque para fornecer linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aos produtores interessados. (A.V.)
MAIS INFORMAÇÕES
Expocrato 2011 - De 10 a 17 de julho, no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante
Ingressos: de R$ 10,00 a R$ 15,00
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