sábado, 16 de julho de 2011

ENTREVISTA: Roberto Palmieri fala de sua carreira e dos planos de voltar ao futebol!

Nossa viagem pelo mundo do esporte desta semana encontrou o carioca Roberto Palmieri, um conhecido do futebol cearense, por suas passagens pelo Fortaleza e Ferroviário. Num bate papo descontraído ele fala de sua realização no esporte e deixa claro o seu desejo em trabalhar diretamente com o futebol. 
Como goleiro ele atuou pelos seguintes clubes:
Bangu – RJ, Botafogo – RJ, Volta Redonda – RJ, Botafogo – SP, Comercial – SP, Inter de Limeira – SP, Marília – SP, Ferroviária – SP, Fortaleza – CE e ABC – RN.
Já como treinador passou por: Ferroviário – CE, Cascavel – PR, Cambé – PR, Uberlândia – MG e Colatinense – ES.
Teve a honra de trabalhar com grandes nomes do futebol como: Zagalo, DIDI, Capergiani, Renê Simões, Gilson Nunes, Geninho, Pedro Rocha e outros.
Vale a pena conferir!

RT- Em que lhe ajudou o título de goleiro mais alto do Brasil?
Palmieri - Tornou-me conhecido nacionalmente.
RT- Como você define a sua carreira no futebol como jogador ?
Palmieri - Fui convocado 4 vezes para Seleção Brasileira – Infantil, Juvenil e duas vezes na de Juniores – Fui convocado 5 vezes para Seleção Carioca – Infantil – 2 Juvenil – 1 Junior – 1 Profissional. Atuei em mais de 10 clubes profissionais, principalmente no eixo RJ X SP, disputei os Brasileiros da Série A, B e C. Acho que foi uma boa carreira, não cheguei onde gostaria mas estive acima da média.
RT- Você jogou num período em que o futebol apresentava novos craques, como no Rio de Janeiro com Bebeto e Romário e craques do passado ainda estavam em campo como Dinamite e Zico. Como foi fazer parte deste momento do futebol carioca?
Palmieri - Atuei contra Zico, Romário, Roberto Dinamite, Bebeto, Sócrates (Flamengo) entre outros.  Foi uma grande honra atuar no período em que estes craques ainda jogavam. Motivo de orgulho e muito saudosismo. Foi sem dúvida uma “safra” de craques.

Palmieri jogando pelo Bangu enfrenta o Flamengo de Jorginho e Junior Baiano.
RT- Ao que você atribui não ter chegado a seleção brasileira? Jogar em time pequeno ainda atrapalha a projeção de um atleta com a camisa do Brasil?
Palmieri - Como disse, estive atuando em clube grande também. Mas a realidade é que os pequenos não têm vez. Não disputam título, não são destaques e isto afasta a mídia que quase sempre impulsiona as convocações.
RT- Na sua opinião o que acontece com nossos atletas que se destacam nas categorias de base do Brasil, mas na grande maioria não conseguem chegar ao time principal, isso aconteceu com você?
Palmieri - Fui lançado no futebol profissional aos 17 anos. Algo inusitado na época! Contudo, meu álbum de fotografias traz durante alguns anos dezenas de colegas que ficaram pelo caminho. Essa caminhada é cheia de surpresas, percalços, enfim, nuances que definem seu destino. Poucos, menos de 5% dos que tentam conseguem chegar ao profissional e menos de 1% fica rico com a bola!
Palmieri na seleção brasileira
RT- Qual jogador foi mais completo no futebol que você poderia destacar?
Palmieri - Na minha geração (começo de carreira) o imbatível Zico. Um gênio enxergava o jogo como ninguém e conseguia bater na bola com uma precisão cirúrgica. Além disso era um profissional exemplar e uma referência aos mais novos.
 
Ao lado de Muricy Ramalho um dos maiores treinadores do Brasil, atualemnte no Santos de Neymar!
RT- Como  anda a sua carreira de treinador?

Palmieri - Assim como na carreira de atleta, vários fatores influenciam o sucesso e o insucesso de um treinador. O melhor treinador será sempre “os três pontos”! No momento estou atuando fora do futebol. Mas pretendo voltar um dia.
RT- Qual recordação você tem do futebol cearense quando você foi técnico do Ferroviário?
Palmieri - As melhores possíveis. Assumi o time para não deixá-lo ser rebaixado e fomos Vice-Campeões. Quando voltei um ano depois algumas coisas haviam mudado para melhor e outras para pior. Mas no contexto, tenho muito carinho pelo Ferrão!
RT- Como você encara essa tendência natural do futebol brasileiro, o time não vai bem, manda o treinador embora?
Palmieri - É mais fácil atribuir a culpa a uma pessoa e esta (treinador) assumir perante a torcida a responsabilidade em detrimento a uma diretoria ou um diretor. No mais é mais simples demitir um do que um time inteiro.
RT- Você concorda que nossos jovens valores devem mesmo ir para o exterior e depois no fim da carreira retornar ao Brasil?
Palmieri - A carreira de um jogador é muito curta. Tenho um amigo que diz: Ser atleta de futebol no Brasil é fazer bico! Ele já atuou fora do Brasil e tem muita experiência, não é choro de perdedor! No mais, com trinta anos estamos “veteranos” e ao sair do “mundo da bola” muitos sem formação não sabem o que fazer, os com formação se deparam com um mercado voraz e capitalista onde quem pode mais chora menos, e o que fazer?
Sou a favor sim!
RT- O que você espera para sua vida profissional  no futebol?
Palmieri - Meu sonho é trabalhar com o que amo fazer, futebol. Mas na bola prevalecem os desmandos, a falta de uma política séria em prol do futebol nos estados, na formação, nas divisões desfavorecidas e o mercado é promíscuo, não existe ética. Ou você está por cima ou vai comer o pão que o diabo amassou e cuspiu em cima!
Quero retornar a bola, mas acho difícil!
RT- Qual time você poderia apontar como favorito para conquistar o brasileirão 2011?
Palmieri - Flamengo.
RT- Qual jogador é o destaque do futebol brasileiro na atualidade?
Palmieri - Sempre gostei do Zagueiro Edu Dracena.
RT- Recentemente o Brasil foi surpreendido pelo drama do jogador Muller que perdeu tudo. Por que é tão comum isso acontecer ?
Palmieri - Como coloquei na pergunta anterior, despreparo do intelecto e social.
RT- O Brasil realmente conseguirá fazer um grande papel na realização da copa do mundo de 2014?
Palmieri - Vai fazer na marra, por que o Brasileiro é bom no “Jeitinho”!
RT- Qual a derrota em copa do mundo que mais lhe deixou triste como torcedor?
Copa de 1982

Time de 1982 na copa da Espanha uma derrota do futebol arte!
RT- O futebol é um meio amplo em que muitas pessoas são envolvidas, num clima constante de competição. É  possível firmar amizades sinceras?
Palmieri - Sim, fiz muitas e até hoje me relaciono com algumas.

Palmieri e seu grande amigo Cicinho
RT- Fique a vontade para falar sobre algo que não lhe perguntamos, ou deixe a sua mensagem aos fãs do Palmieri.
Palmieri - Quero agradecer a oportunidade de “trocar figurinha” com você e gostaria de acrescentar:
1 – Tem muita gente fora da bola falando de bola em grandes veículos e a gente ouve muita besteira por isso.
2 – Os clubes não investem na base, pensam (com raras exceções) somente no hoje. Não formam, contratam! Daí a “bancarrota”!
3 – Presidente de clube devia “presidir”, Diretor de Futebol sim, contratar!
4 – Árbitro bom é aquele que apita e ninguém o percebe!
5 – O melhor treinador que conheci se chama “três pontos”!
6 – Gente fora da bola que entra na bola pra se promover, entende bem da 18ª regra do futebol.
7 – As torcidas organizadas que se vendem, mancomunam com Diretores buscando favorecimentos, fazem política e influenciam nos destinos dos clubes. Tudo por interesse.
8 – Sei que existe torcedor apaixonado em todo lugar do Brasil, mas igual ao do norte-nordeste do Brasil estou pra ver igual!
9 – Tem muita gente da mídia esportiva que mistura em seu comentário: sua torcida fanática com uma cota vendida, resultado: Um louco puxa-saco!
10 – Já ouvi e vi muito narrador, locutor, apresentador e âncora esportivo. José Carlos Araújo para mim é o melhor narrador e Galvão Bueno o pior âncora, não pela narração, mas pela vontade de ser o que ele pensa que é! Cala a boca Galvão!
Abraços,
Palmieri   

2 comentários:

  1. Parabéns na sua nova carreira Palmiery, mais eu gostaria de lhe ver treinando o São Raimundo. rsrs;

    Abs, Américo Rattes

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  2. Grandes momentos nas tardes cariocas, quando eu asistia os jogos do Bangu e o jovem goleiro Palmieri defendendo o Gol Banguense.Gostaria de entrar em contato com vc Palmieri, pois foi meu ídulo.
    email: mds.fla@hotmail.com

    abçss Marcello

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