sábado, 4 de junho de 2011

Dilma anuncia pacote de R$ 700 milhões para a Região Serrana do RJ

Tássia Thum Do G1, no Rio de Janeiro
A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (3), no Rio de Janeiro, que o governo não pode permitir que pessoas morem em áreas consideradas de risco.
A afirmação foi feita durante a assinatura de um convênio com o governo do estado para a liberação de R$ 700 milhões para investimentos na região serrana do estado, atingida por fortes chuvas no começo deste ano.
A presidente ainda afirmou que, nos próximos dias, o governo deverá lançar oficialmente a segunda etapa do programa Minha casa, Minha Vida. A expectativa, segundo Dilma, é que sejam construídas 2 milhões de moradias nesta segunda etapa
“Não podemos mais permitir que as pessoas fiquem em áreas de risco. Se ficarem, não há contenção de encostas”, disse a presidente.
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Dilma afirmou que, com a parceria, será possível a construção de 7,6 mil habitações para a população que morava nas áreas que foram prejudicada pelas fortes chuvas no estado. “É muito importante que no Brasil se consolide parcerias tão forte quanto estas do governo federal e do estado. Quando a gente divide dificuldades, como esta que aconteceu na região metropolitana, parece que a gente fica mais próximo”, afirmou.
Segundo Dilma, a liberação dos recursos marca uma segunda fase de atuação do governo, em auxílio aos moradores prejudicados. “A primeira etapa era resgatar as pessoas e evitar que [as chuvas] atingissem mais vidas humanas. A segunda etapa é a reconstrução”.
O anúncio foi feito ao lado do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do vice-governador Luiz Fernando Pezão, no Palácio Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, também participaram do encontro.
Em janeiro, sete municípios da região foram afetados por enchentes e deslizamentos. Os locais mais atingidos foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Areal, Sumidouro e Bom Jardim.
"As pessoas acham que a obra demora a começar por que ninguém fez nada. A obra na hora que ela começa uma parte, nós já subimos e descemos duas vezes o Everest da burocracia e da solução dos problemas," explicou a presidente.
Central de prevenção de acidentes e desastres
No encontro, Dilma também falou que a construção da central de prevenção de acidentes e desastres está em ritmo “acelerado”.
“Estamos aceleradamente construindo a nossa central de prevenção de acidentes e desastres. Eu inclusive falei ontem com o presidente do Banco Mundial. Nós queremos com o nosso processo em andamento, ter aportes, no sentido de aprimorar o nosso sistema e saber que aqui só terá um sistema de prevenção de acidentes e desastres nesse sistema de cooperação”, falou.
Petrobras
Mais cedo, na inauguração da plataforma da Petrobras, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense, a presidente reclamou dos críticos que, segundo ela, diziam que o país não tinha capacidade para produzir equipamentos para a extração de petróleo.
Dilma afirmou que foi o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, quem determinou a ela, então ministra, que a Petrobras passasse a comprar de fornecedores brasileiros e não estrangeiros. "Nós somos um país com capacidade industrial. Então, o presidente Lula pensou: 'por que a nossa empresa brasileira compra lá fora e não aqui dentro'?
A partir desse momento, segundo Dilma, "provamos que é possível construir sondas, plataformas e fornecer equipamentos para a Petrobras explorar o pré-sal".
A presidente visitou as instalações da plataforma, em Angra dos Reis (RJ), acompanhada dos ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Luiz Sérgio (Relações Institucionais), Miriam Belchior (Planejamento) e Ideli Salvatti (Pesca), do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Dilma fez fotos e autografou o uniforme de vários funcionários. A presidente também permitiu que trabalhadores assinassem nas costas de uma camisa da Petrobras que estava usando.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), escolhida madrinha da plataforma, acompanhou Dilma. Ela recebeu das mãos da presidente uma placa alusiva ao batismo da plataforma.
De acordo com a Petrobras, a P-56 é uma unidade do tipo semissubmersível, com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia. Na sua construção foram investidos aproximadamente US$ 1,5 bilhão, e gerados 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. A utilização de conteúdo nacional alcançou 72,9% e o casco foi totalmente construído no Brasil.

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