Entrega do título de cidadão cearense ao ministro Fernando Haddad, ontem, na Assembleia Legislativa FOTO: BRUNO GOMES |
No dia em que o ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve na Assembleia Legislativa para receber o título de cidadão cearense, ontem, deputados criticaram projeto do Ministério da Educação (MEC) que prevê um kit educacional com a intenção de combater a homofobia. Ontem, mesmo, antes das declarações do ministro, no Ceará, a presidente Dilma Rousseff já havia anunciado a suspensão desse material. No dia anterior, no mesmo plenário da Assembleia, o ministro da Educação foi criticado por conta da distribuição de um livro que ensina os estudantes a falarem errado. O deputado Carlomano Marques (PMDB) foi quem levantou a questão, destacando as reportagens das revistas nacionais. Vários deputados apoiaram as críticas
Ontem, o deputado Ronaldo Martins (PRB), anunciando ter feito um estudo minucioso do que havia visto para ser disponibilizado aos brasileiros, disse que conheceu o material quando participou da audiência pública na Câmara dos Deputados, ocasião em que foram divulgados alguns vídeos de combate a homofobia nas escolas. O parlamentar afirma ter ficado preocupado com o tipo de abordagem contido na proposta do MEC.
Ronaldo Martins afirmou não ter gostado também da apresentação feita pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério, André Lázaro, que segundo o deputado, fez um comentário infeliz sobre um beijo lésbico contido no material.
"Quem assistiu ao vídeo, pôde perceber que não há qualquer preocupação do MEC em tratar a questão com a seriedade e importância que merece. Um agente público dizer abertamente que ele e a sua equipe perderam três meses para resolver a profundidade com que a língua de uma menina entraria na boca da outra, é digno de avaliação sobre a competência e ética desse cidadão", reclamou.
Ronaldo Martins deixou claro ser contrário que alunos de sete anos de idade, com a personalidade ainda em formação, assistam vídeos de orientação homossexual. Na sua opinião, uma conversa franca entre professores e alunos causaria um resultado bem mais eficaz e inteligente do que tentar impor um comportamento homossexual nas escolas. O pronunciamento do parlamentar ganhou apoio de outros deputados.
Debate suspenso
Em entrevista, antes de ser cidadão cearense, o ministro Fernando Haddad disse que esse debate está suspenso. Ontem, notícias veiculadas na mídia nacional informavam que a presidente Dilma Rousseff mandou suspender a produção e distribuição de vídeos e cartilhas contra a homofobia, devido a reação negativa das bancadas religiosas no Congresso.
A decisão da presidente foi informada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a deputados das bancadas evangélica, católica e da família. Eles ameaçaram obstruir as votações de interesse do Governo na Câmara dos Deputados.
Na sessão de terça-feira da Assembleia, o alvo das críticas ao ministério da Educação foi um livro distribuído pelo MEC a quase meio milhão de estudantes, "Por uma Vida Melhor". A obra defende a ideia de que erros gramaticais são aceitáveis na língua falada. O deputado Carlomano Marques, ontem, voltou a falar do assunto cobrando uma posição do ministro.
Em relação a esse assunto o ministro da Educação informou que está resolvido. "As pessoas que criticaram o livro não o tinham lido, o que foi uma pena, porque sacrificaram uma professora que dedicou 20 anos da sua vida à educação de adultos", pontuou.
Conforme Haddad, a Associação Brasileira de Linguística manifestou-se contrária "a posição sectária de alguns setores da sociedade" contra a professora autora do livro.
Na Assembleia, deputados acreditam que a obra é um desrespeito à língua portuguesa. O deputado Carlomano que voltou a abordar o tema ontem tem o apoio de vários outros colegas. Ele sugeriu que os deputados, aproveitando a presença do ministro da Educação, pedissem o recolhimento dos 500 mil livros. Porém não houve manifestação nesse sentido.
Ontem, o deputado Ronaldo Martins (PRB), anunciando ter feito um estudo minucioso do que havia visto para ser disponibilizado aos brasileiros, disse que conheceu o material quando participou da audiência pública na Câmara dos Deputados, ocasião em que foram divulgados alguns vídeos de combate a homofobia nas escolas. O parlamentar afirma ter ficado preocupado com o tipo de abordagem contido na proposta do MEC.
Ronaldo Martins afirmou não ter gostado também da apresentação feita pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério, André Lázaro, que segundo o deputado, fez um comentário infeliz sobre um beijo lésbico contido no material.
"Quem assistiu ao vídeo, pôde perceber que não há qualquer preocupação do MEC em tratar a questão com a seriedade e importância que merece. Um agente público dizer abertamente que ele e a sua equipe perderam três meses para resolver a profundidade com que a língua de uma menina entraria na boca da outra, é digno de avaliação sobre a competência e ética desse cidadão", reclamou.
Ronaldo Martins deixou claro ser contrário que alunos de sete anos de idade, com a personalidade ainda em formação, assistam vídeos de orientação homossexual. Na sua opinião, uma conversa franca entre professores e alunos causaria um resultado bem mais eficaz e inteligente do que tentar impor um comportamento homossexual nas escolas. O pronunciamento do parlamentar ganhou apoio de outros deputados.
Debate suspenso
Em entrevista, antes de ser cidadão cearense, o ministro Fernando Haddad disse que esse debate está suspenso. Ontem, notícias veiculadas na mídia nacional informavam que a presidente Dilma Rousseff mandou suspender a produção e distribuição de vídeos e cartilhas contra a homofobia, devido a reação negativa das bancadas religiosas no Congresso.
A decisão da presidente foi informada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a deputados das bancadas evangélica, católica e da família. Eles ameaçaram obstruir as votações de interesse do Governo na Câmara dos Deputados.
Na sessão de terça-feira da Assembleia, o alvo das críticas ao ministério da Educação foi um livro distribuído pelo MEC a quase meio milhão de estudantes, "Por uma Vida Melhor". A obra defende a ideia de que erros gramaticais são aceitáveis na língua falada. O deputado Carlomano Marques, ontem, voltou a falar do assunto cobrando uma posição do ministro.
Em relação a esse assunto o ministro da Educação informou que está resolvido. "As pessoas que criticaram o livro não o tinham lido, o que foi uma pena, porque sacrificaram uma professora que dedicou 20 anos da sua vida à educação de adultos", pontuou.
Conforme Haddad, a Associação Brasileira de Linguística manifestou-se contrária "a posição sectária de alguns setores da sociedade" contra a professora autora do livro.
Na Assembleia, deputados acreditam que a obra é um desrespeito à língua portuguesa. O deputado Carlomano que voltou a abordar o tema ontem tem o apoio de vários outros colegas. Ele sugeriu que os deputados, aproveitando a presença do ministro da Educação, pedissem o recolhimento dos 500 mil livros. Porém não houve manifestação nesse sentido.
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