domingo, 8 de maio de 2011

Falta de qualificação afeta 66% das empresas


O setor químico, que inclui a área de farmácia, é um dos mais atingidos pela escassez de profissionais (DIVULGAÇÃO)
O setor químico, que inclui a área de farmácia, é um dos mais atingidos pela escassez de profissionais (DIVULGAÇÃO)

 No Ceará, a falta de trabalhador qualificado afeta 66% das empresas. As grandes companhias são atingidas em uma maior proporção, haja vista que 75% afirmam enfrentar esse problema, contra 67% das médias e 60% das pequenas indústrias, diz o levantamento do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). A dificuldade atinge todas as áreas e categorias profissionais das empresas, mas com mais intensidade a área de produção, sobretudo operadores e técnicos.
O setor químico é um dos mais atingidos pela escassez de profissionais qualificados. “O setor químico está vivendo um verdadeiro ‘apagão de mão de obra qualificada’ o que tem causado um recorde de sobra de vagas em nossa área”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilacão e Refinação De Petróleo no Ceará (Sindquimica), José Dias. Adianta que esta carência atinge todas os segmentos (tintas, gases, petróleo, saneantes, farmacêuticas, defensivos agrícolas, veterinários, etc).
Como exemplo, cita que o caso do graduado em Farmácia, profissional indispensável na maior parte das indústrias (farmacêuticas, hospitalares, saneantes, veterinárias e cosméticas), as empresas têm preparado estagiários que estão próximos da conclusão do curso para em seguida contratar.
“Dessa forma têm conseguido superar em parte o problema”, completa. Acrescenta que a maior carência é para profissionais de engenharia da produção, processamento de dados, analistas de sistema e outros. “Outra ‘raridade’ que tem nos afetado bastante são os profissionais especializados em tecnologia da informação (TI)”, conta, considerando que com frequência as empresas maiores estão cobrindo propostas das menores. Avalia que esse procedimento além de inflacionar o mercado, eleva sobremaneira os custos com pessoal.
José Dias informa que as empresas têm buscado nas escolas profissionalizantes, principalmente o Serviço Nacional da Indústria (Senai) para suprir a demanda por profissionais de nível médio como técnicos de segurança do trabalho, soldadores, pneumática, fibra ótica, eletricistas, mecânicos, foguistas (operadores de caldeira). Observa que eles têm preparado excelentes colaboradores, mas esta solução, a curto prazo também deve se tornar inviável porque a escola terá dificuldade para atender a demanda.
Artumira Dutra
artumira@opovo.com

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