segunda-feira, 2 de maio de 2011

Encontro entre Kassab e o vice Domingos Filho

Clique para Ampliar
Vice-governador Domingos Filho conversou demoradamente com Kassab, sobre o PSD
Embora sem pressa, o prefeito de São Paulo atua no sentido de refundar o pessedismo em nosso Estado
O vice-governador do Estado, Domingos Filho (PMDB), na última segunda-feira, em São Paulo, conversou demoradamente com o prefeito da Capital paulista, Gilberto Kassab, recém-saído do DEM para recriar o PSD, sobre a estruturação deste partido, no Ceará.
Nada ficou acertado, além do compromisso de Kassab de aguardar uma posição de Domingos Filho, para só depois ele conversar com outros políticos sobre o fincar das bases daquela agremiação nas terras alencarinas. O prefeito tem preferido entregar o comando da organização do partido nos estados aos políticos ocupantes dos cargos de vice-governadores.
Domingos chegou a Kassab após conversar com o ex-deputado federal com quem o prefeito de São Paulo havia tratado, inicialmente, sobre o PSD no Ceará, como havíamos noticiado, em matéria que foi publicada no último dia 19, aqui no Diário do Nordeste, dando conta, inclusive, da existência de um grupo de cinco a seis deputados estaduais e um federal, insatisfeitos com suas agremiações, interessados em trocar de partido.
Um interlocutor, muito próximo do vice-governador cearense, diz que ele terá uma conversa com o governador Cid Gomes (PSB), proximamente, sobre o seu encontro com Kassab, tendo em vista a estreita relação política entre os dois e as consequências da estruturação de uma outra agremiação partidária na base governamental, mesmo não sendo o próprio vice-governador cearense o comandante do PSD.

Prefeitos

Kassab, até pela responsabilidade de estruturar um partido, com perspectiva de ressurgir no cenário nacional com um grupo expressivo de deputados federais e centenas de prefeitos e outras lideranças, tem um diagnóstico completo da política cearense, daí estar conduzindo, com certa delicadeza, as negociações para encontrar o nome adequado à nossa realidade e ao projeto traçado para o futuro do grêmio neste Estado .
No Ceará, silenciosamente, mais de duas dezenas de prefeitos buscam informações sobre troca de partido e caminhos de aproximação com políticos, até de outros estados, tentando chegar ao PSD, consistindo, como única dúvida para a mudança, qual será a relação dos dirigentes pessedistas com o Governo, notadamente o estadual.
A quase totalidade dos atuais insatisfeitos com seus partidos tem como principal motivo o distanciamento destes com os governantes, visto ser da cultura política brasileira, das últimas décadas, todos perseguirem as benesses do Poder, não importando se o resultado da eleição os tenham colocado na oposição, diferentemente dos tempos em que reinavam o PSD que hoje estão ressuscitando e a UDN, ambos extintos pela revolução de 1964.
Independência
Por estar garantindo independência para compor seus quadros, efetivar alianças e indicar seus candidatos nos respectivos estados, é que alguns dos interessados em assumir o comando do PSD no Ceará já poderiam estar descartados. Eles não têm o perfil projetado para quem deva conduzir a agremiação que, inicialmente, quer cuidar da consolidação das bases estaduais. Quem está procurando o PSD, apenas para ser dono de um partido ou ser candidato a prefeito em 2012, não atende aos requisitos para presidí-lo.
O PSDB e o PMDB serão os que mais perderão quadros para o PSD, no Ceará, embora isso não aconteça de imediato, até pelo fato de a preparação da parte burocrática até chegar ao Tribunal Superior Eleitoral para o registro partidário demorar alguns meses. Mas até outubro, data limite para a filiação de quem pretenda ser candidato nas eleições do próximo ano, os tucanos e peemedebistas terão perdas a contabilizar em vários municípios e, inclusive na representação legislativa.
EDISON SILVAEDITOR DE POLÍTICA

Nenhum comentário:

Postar um comentário