Em menos de cinco meses, 39 pessoas já morreram vítimas da dengue no Ceará, segundo o último boletim epidemiológico divulgado, ontem, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). O número coloca a epidemia como a terceira mais grave desde 1986, ficando atrás apenas das ocorridas em todo o ano de 2008 e 2009, que apresentaram, respectivamente, 44 e 43 óbitos causados pelo mosquito transmissor Aedes aegypti.
O relatório revela ainda um dado bastante preocupante com relação aos casos graves. É observado que a proporção aumenta a cada ano. Conforme o boletim, este ano, para cada caso grave, existem 53 casos de dengue clássico. Em 2001, esta proporção era de um caso grave para 383 clássicos.
Das mortes contabilizadas, até o momento, no Estado, 30 foram por dengue com complicação e nove por dengue hemorrágica. Já tendo sido confirmados em todo o Ceará 17.066 casos do tipo clássico da doença, 218 com complicação e 108 de dengue hemorrágica. Dos 184 municípios cearenses, 161 já registraram a incidência da patologia.
Assistência
Para o infectologista e diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, os últimos dados revelados pelo boletim da Sesa demonstram claramente a necessidade da disponibilidade de uma maior e melhor assistência nos hospitais para a população.
"Antes tínhamos poucos casos graves. Agora temos uma população que precisa de maior assistência, deixando claro a sobrecarga inevitável das unidades de saúde, já que as internações e os demais atendimentos são necessários".
Anastácio Queiroz enfatiza que os óbitos ocorridos por conta da dengue são lamentáveis, visto que o problema é totalmente possível de ser prevenido e de ser tratado. O especialista esclarece que as mortes causadas pela doença, na sua maioria, deve-se à não procura por assistência médica ou pelo não diagnóstico precoce da patologia.
"Lógico que temos os casos muito graves que, infelizmente, não se tem muito o que fazer, mas, no geral, a dengue é uma doença que não deveria ter mortes", destaca Queiroz.
A respeito do aumento no número de casos graves, o boletim epidemiológico da Sesa aponta como principais fatores para a causa: a circulação simultânea de três sorotipos virais; o fato da população já estar sensibilizada por infecções anteriores; e a hiperendemicidade (maior circulação do vírus), aumentando a probabilidade de formas graves e óbitos.
Conforme ainda o relatório, observa-se que em 2011, a incidência da doença se encontra acima de 200 casos por 100 mil habitantes, estando estes na faixa etária até 59 anos. Contudo, são as pessoas com idade entre 20 a 29 anos que mais preocupa, visto que já estão confirmados 256,3 casos por 100 mil habitantes. O fato se deve, sobretudo, pela maior exposição deste público, nascido após as epidemia nas décadas de 80 e 90, ao vírus circulante atualmente, não estando essa população "imune" aos sorotipos.
Fortaleza
Assim como nos demais municípios do Ceará, a situação em Fortaleza também é de alerta. Até o momento, já foram confirmados 7.502 casos de dengue na Capital, além de 15 óbitos, sendo 11 por complicação e quatro por hemorrágica. Apenas na primeira quinzena de maio, 63 pessoas contrairam a doença. Os bairros sob a coordenação da Secretaria Executiva Regional (SER) VI são os que apresentam os maiores índices de ocorrência da dengue. Ao todo, já foram registrados na área 1.759 casos, de acordo com o último boletim divulgado pela Sesa. Com 334 pessoas infectadas pelo Aedes aegypti, Messejana é a região mais afetada, seguida por São João do Tauape, bairro da SER II com 453 casos, e pelo Canindezinho, da SER V, com 245 vítimas da dengue.
Das mortes contabilizadas, até o momento, no Estado, 30 foram por dengue com complicação e nove por dengue hemorrágica. Já tendo sido confirmados em todo o Ceará 17.066 casos do tipo clássico da doença, 218 com complicação e 108 de dengue hemorrágica. Dos 184 municípios cearenses, 161 já registraram a incidência da patologia.
Assistência
Para o infectologista e diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, os últimos dados revelados pelo boletim da Sesa demonstram claramente a necessidade da disponibilidade de uma maior e melhor assistência nos hospitais para a população.
"Antes tínhamos poucos casos graves. Agora temos uma população que precisa de maior assistência, deixando claro a sobrecarga inevitável das unidades de saúde, já que as internações e os demais atendimentos são necessários".
Anastácio Queiroz enfatiza que os óbitos ocorridos por conta da dengue são lamentáveis, visto que o problema é totalmente possível de ser prevenido e de ser tratado. O especialista esclarece que as mortes causadas pela doença, na sua maioria, deve-se à não procura por assistência médica ou pelo não diagnóstico precoce da patologia.
"Lógico que temos os casos muito graves que, infelizmente, não se tem muito o que fazer, mas, no geral, a dengue é uma doença que não deveria ter mortes", destaca Queiroz.
A respeito do aumento no número de casos graves, o boletim epidemiológico da Sesa aponta como principais fatores para a causa: a circulação simultânea de três sorotipos virais; o fato da população já estar sensibilizada por infecções anteriores; e a hiperendemicidade (maior circulação do vírus), aumentando a probabilidade de formas graves e óbitos.
Conforme ainda o relatório, observa-se que em 2011, a incidência da doença se encontra acima de 200 casos por 100 mil habitantes, estando estes na faixa etária até 59 anos. Contudo, são as pessoas com idade entre 20 a 29 anos que mais preocupa, visto que já estão confirmados 256,3 casos por 100 mil habitantes. O fato se deve, sobretudo, pela maior exposição deste público, nascido após as epidemia nas décadas de 80 e 90, ao vírus circulante atualmente, não estando essa população "imune" aos sorotipos.
Fortaleza
Assim como nos demais municípios do Ceará, a situação em Fortaleza também é de alerta. Até o momento, já foram confirmados 7.502 casos de dengue na Capital, além de 15 óbitos, sendo 11 por complicação e quatro por hemorrágica. Apenas na primeira quinzena de maio, 63 pessoas contrairam a doença. Os bairros sob a coordenação da Secretaria Executiva Regional (SER) VI são os que apresentam os maiores índices de ocorrência da dengue. Ao todo, já foram registrados na área 1.759 casos, de acordo com o último boletim divulgado pela Sesa. Com 334 pessoas infectadas pelo Aedes aegypti, Messejana é a região mais afetada, seguida por São João do Tauape, bairro da SER II com 453 casos, e pelo Canindezinho, da SER V, com 245 vítimas da dengue.
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