quinta-feira, 5 de maio de 2011

Comédia sempre

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Autor de novela, ator, cronista, diretor, roteirista, produtor... esse é Miguel Falabella
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Miguel Falabella e grande elenco apresentam "Gaiola das Loucas" em Fortaleza
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Miguel Falabella comanda e atua no espetáculo
Sucesso nos palcos internacionais e no cinema, "A gaiola das loucas" é um dos espetáculos mais famosos da comédia francesa e chega a Fortaleza numa superprodução comandada por Miguel Falabella. Em entrevista ao Zoeira, ele fala da produção e dos novos projetos Em cartaz de hoje a domingo no Teatro do Via Sul Shopping, o espetáculo “A gaiola das loucas” apresenta a história de Georges (Miguel Falabella), o proprietário de um cabaré, em Saint Tropez. O cabaré é famoso pelos shows de transformistas e tem como principal atração Zazá, o transformista mais famoso de toda Riviera que, ao tirar a maquiagem, transforma-se em Albin (Sandro Christopher), com quem Georges mantém uma relação estável.

Eles têm até um filho: Lourenço, fruto de uma aventura de Georges nos bastidores do Lido de Paris, quando era bem jovem. A jovem corista não quis criar o filho e Georges e Albin assumiram a tarefa.

Tudo corre na mais perfeita tranquilidade até que Lourenço revela aos pais que está perdidamente apaixonado por Anne e vai se casar. No entanto, a moça é a filha única de Edouard Dieulafoi, presidente do Partido da Família, Tradição e Moralidade, que prometeu expulsar os homossexuais da Riviera, no caso de ser eleito.

O espetáculo "A Gaiola das loucas" é um clássico francês e sucesso em diversas montagens. Nesta produção que você traz ao Ceará e está viajando por outros estados, como você imprimiu a sua marca?
Como não precisamos respeitar integralmente o original, eu fiz, na minha versão para o teatro, algumas adaptações para aproximar a história do contexto brasileiro. O Mundo gay de hoje em dia é completamente diferente daquele à época do texto original de 1973, e o riso também não é mais o mesmo. A peça foca na bela história de amor de duas pessoas que decidiram viver juntas o resto da vida, sem perder o humor, claro.

O que você apontaria como destaque desse espetáculo?
A maior conquista deste espetáculo é sem dúvida a possibilidade de levá-lo pelo País afora. Principalmente por se tratar de uma montagem que, na maioria das vezes, ficaria restrita ao eixo Rio e São Paulo. É muito importante levar as questões tratadas na peça, como a homofobia e a intolerância, para serem discutidas no resto do Brasil também. O musical era impossível, mas a comédia é.

No elenco original, Diogo Vilela vive Zazá. Para esta turnê ele foi substituído. Como foi a seleção?
Convidei o Sandro Christopher para o papel de Zazá e a Eliana Rocha em substituição a Sylvia Massari, que não poderiam viajar conosco. O resto da equipe é o mesmo do musical e foram selecionados nas audições.

O que este trabalho representa na sua carreira?
Desde ´Os Produtores´, passando pelo ´Hairspray´ e ´A Gaiola das Loucas´, tem sido uma grande aventura trazer os grandes musicais da Broadway para o público brasileiro. E montar a peça da ´Gaiola das Loucas´, que deu origem ao musical, foi uma ideia que eu tive porque fazer comédia é o que me faz feliz. Adoro provocar gargalhadas. É a matéria prima da minha relação com o público.

Sua vida profissional é um tanto intensa. Você gosta dessa rotina movimentada ou foi algo que aconteceu naturalmente?
Claro que eu gosto, por isso mesmo é que aconteceu naturalmente. Uma coisa decorre da outra.

Como você se organiza para dar conta de tantas atividades?
Nem eu mesmo sei! Eu sei é que quem não faz nada é que fica sem tempo para fazer alguma coisa.

Se fosse preciso escolher uma das suas atividades, o que você escolheria?
Eu gosto muito de escrever e acho que a tendência, de agora em diante, é escrever cada vez mais.

Você lançou recentemente seu segundo livro de crônicas. Pretende escrever em outros gêneros?
Lancei ´Vivendo em Voz Alta´, que é um compilado das crônicas que havia escrito para O Globo e para Isto É. Atualmente estou escrevendo a próxima novela das sete e uma minissérie.

O que você pode adiantar da nova próxima novela?
A novela ainda não tem título, mas será uma comédia que irá abordar a intolerância e o relacionamento humano. Vivemos em um mundo globalizado, mas paradoxalmente estamos cada vez mais sectários, vivendo num mundo menor, cada qual no seu grupo. Quero falar sobre como se relacionar com o próximo, como rir de si mesmo.

Sua última novela "Negócio da china" não atingiu os resultados esperados e ainda foi alvo de diversas críticas. O que deu errado e você não pode repetir nesta próxima?
A minha praia é escrever e o meu foco está numa boa história. Eu escrevo para agradar a um público diversificado e faço isso em todos os meus trabalhos.


MAIS INFORMAÇÕES
A Gaiola das Loucas
Com Miguel Falabella, Sandro Christopher, Jorge Maya, Davi Guilhermme, Carla Martelli, Eliana Rocha, Carlos Leça, Keila Bueno e Gustavo Klein. Dias 5, 6, 7 de maio (às 21h) e 8 de maio (às 20h), no Teatro do Via Sul Shopping (Av. Washington Soares, 4335 - 3º piso - www.teatroviasul.com.br). Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) - à venda na bilheteria do Teatro (3º piso - tel 3404-4027); e na Saga Casa de Amigos (Av. Santos Dumont, 2817 - tel 3486-1400). Assinantes do Diário do Nordeste têm 30% desconto em ingresso (inteira).


Sucesso por onde passa
Que o espetáculo "Gaiola das Loucas" é um verdadeiro sucesso ninguém duvida. O original La Cage aux Folles, escrito por Jean Poiret, estreou em fevereiro de 1973, no Théâtre du Palais Royal, em Paris, e transformou-se num dos maiores sucessos da história do teatro francês. Foram quase um milhão de espectadores somente em Paris, nas duas mil apresentações que realizou.

Do teatro, o espetáculo recebeu versões no cinema, como "A gaiola das loucas", de 1978, estrelado por Ugo Tognazzi e Michel Serrault. Em 1996, Robin Williams (Georges) e Nathan Lane (Zazá) estrelaram a refilmagem hollywoodiana ambienta a história numa boate em Miami.

Aqui no Brasil, o espetáculo também já teve uma bem-sucedida versão brasileira. Estrelada Jorge Dória e Carvalhinho, a peça estreou em 1974 e ficou sete anos em cartaz.

A nova versão, comandada por Miguel Falabella, que estreou em março de 2010, já foi assistida por mais de 200 mil espectadores no Rio de Janeiro, São Paulo e Paulínia (SP) e desde abril desde ano está em turnê por outras cidades do Brasil. Além de Fortaleza, Natal, Recife, Salvador estão incluídas na turnê nacional. Portanto, você não pode deixar de conferir este clássico ao vivo.


Izakeline RibeiroRepórter

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