Prontos para soltar a voz e relembrar os grandes sucessos da carreira, os rapazes do grupo Molejo comandam a festa, amanhã, no Mucuripe Club |
A década de 1990 fez eclodir vários grupos de pagode que marcaram uma geração. Nos programas de auditório, os jovens pagodeiros faziam a festa com suas músicas e coreografias divertidas. Dessa época, o Molejo - que comanda a festa "Boa do Samba", amanhã, no Mucuripe Club - é um dos poucos grupos que ainda continua em atividade. Prestes a completar 25 anos, a banda só quer saber de fazer shows e voltar a viajar por todo o Brasil, como nos áureos tempos.
Em entrevista, o vocalista Anderson Leonardo declara sua alegria em retornar ao Ceará. "Nossa expectativa é ótima. A gente rodou muito por aí. Tocávamos de dois em dois meses. Fortaleza é um lugar que sempre nos recebeu muito bem. Espero que o público que curtia a gente vá ao show. E a galera mais nova, que gosta de pagode, também vá lá conhecer a gente", convida empolgado o cantor.
Para o show de sábado, o repertório vem recheado de sucessos que marcaram a trajetória da banda. "Não tem jeito. Em nossas apresentações, sempre temos que tocar o hits, como "Caçamba", "Paparico", "Dança da Vassoura", "Brincadeira de criança", além das músicas novas, como as versões que fizemos de "Triste, alegre" e "Vou não, vou sim"", promete. E não para por aí. O Molejo vai entoar canções do último DVD - lançado no ano passado -, além de incluir músicas de outros artistas. E pense no mix musical! Vai do funk, ao forró.
"Nosso nome é Molejo justamente para não nos prender a um ritmo só. Claro que nossa origem é o pagode, o samba, mas somos muito ecléticos. Gosto do axé, do sertanejo, forró... Tenho DVDs do Aviões do Forró, tenho CD do Forró do Muído, Saia Rodada. O Brasil é tão rico musicalmente...", observa Anderson, que enquanto conversava, ouvia o CD de Luiz Gonzaga.
Fases
Ao mesmo tempo que o músico se alegra com a diversidade musical do Brasil, ele também justifica ser ela a culpada por ter passado alguns anos longe da mídia e dos shows. Contudo, Anderson não fala sobre esse período de ostracismo com revolta ou tristeza. "Sei que isso é normal. Ter períodos de entressafra na música é comum em várias áreas. Tem mais gente surgindo, mais novidade. E quem está aí tem que se reinventar e rebolar para permanecer. Mas, é bom. Antes, a gente cantava para mais de 10 mil pessoas e achava isso normal. Hoje, se toca para mil pessoas, acha que é muito bom. Isso é maturidade, né?".
A maturidade também proporcionou alegrias ao cantor, que se emociona e confessa que seus olhos brilham ao ver seu filho de 15 anos tocando percussão no Molejo. O rapaz, que carrega o nome do pai, faz parte dessa nova geração do pagode, que se intitula universitário. Uma vertente semelhante ao que aconteceu com o sertanejo.
Saudoso, Anderson relembrou- durante vários momentos da entrevista- os lugares que marcaram a carreira do Molejão aqui em Fortaleza. "Tocamos aí no Cajueiro Drinks, Clube do Vaqueiro, Parque do Vaqueiro, Três Amores, no Marina Park, BNB Clube... Soube que a casa que a gente vai tocar é bem legal e cheia de gente jovem, né?", pergunta.
Sem dúvida, o reencontro do grupo com o Ceará será para matar a saudade. Mesmo sem ouvir o cantor gritar seu famoso "Andrezããão" (o músico não está mais na banda), o público vai poder se divertir. E quem não conheceu, vai aproveitar a oportunidade. "Queremos voltar. É um lugar que acolhe muito bem o artista".
MAIS INFORMAÇÕES
A Boa do Samba: Show com Molejo e Fundo de Quintal, amanhã, a partir das 22h, no Mucuripe Club (Travessa Maranguape, 108- Centro). (3254-3020).
Karine ZaranzaRepórter
Para o show de sábado, o repertório vem recheado de sucessos que marcaram a trajetória da banda. "Não tem jeito. Em nossas apresentações, sempre temos que tocar o hits, como "Caçamba", "Paparico", "Dança da Vassoura", "Brincadeira de criança", além das músicas novas, como as versões que fizemos de "Triste, alegre" e "Vou não, vou sim"", promete. E não para por aí. O Molejo vai entoar canções do último DVD - lançado no ano passado -, além de incluir músicas de outros artistas. E pense no mix musical! Vai do funk, ao forró.
"Nosso nome é Molejo justamente para não nos prender a um ritmo só. Claro que nossa origem é o pagode, o samba, mas somos muito ecléticos. Gosto do axé, do sertanejo, forró... Tenho DVDs do Aviões do Forró, tenho CD do Forró do Muído, Saia Rodada. O Brasil é tão rico musicalmente...", observa Anderson, que enquanto conversava, ouvia o CD de Luiz Gonzaga.
Fases
Ao mesmo tempo que o músico se alegra com a diversidade musical do Brasil, ele também justifica ser ela a culpada por ter passado alguns anos longe da mídia e dos shows. Contudo, Anderson não fala sobre esse período de ostracismo com revolta ou tristeza. "Sei que isso é normal. Ter períodos de entressafra na música é comum em várias áreas. Tem mais gente surgindo, mais novidade. E quem está aí tem que se reinventar e rebolar para permanecer. Mas, é bom. Antes, a gente cantava para mais de 10 mil pessoas e achava isso normal. Hoje, se toca para mil pessoas, acha que é muito bom. Isso é maturidade, né?".
A maturidade também proporcionou alegrias ao cantor, que se emociona e confessa que seus olhos brilham ao ver seu filho de 15 anos tocando percussão no Molejo. O rapaz, que carrega o nome do pai, faz parte dessa nova geração do pagode, que se intitula universitário. Uma vertente semelhante ao que aconteceu com o sertanejo.
Saudoso, Anderson relembrou- durante vários momentos da entrevista- os lugares que marcaram a carreira do Molejão aqui em Fortaleza. "Tocamos aí no Cajueiro Drinks, Clube do Vaqueiro, Parque do Vaqueiro, Três Amores, no Marina Park, BNB Clube... Soube que a casa que a gente vai tocar é bem legal e cheia de gente jovem, né?", pergunta.
Sem dúvida, o reencontro do grupo com o Ceará será para matar a saudade. Mesmo sem ouvir o cantor gritar seu famoso "Andrezããão" (o músico não está mais na banda), o público vai poder se divertir. E quem não conheceu, vai aproveitar a oportunidade. "Queremos voltar. É um lugar que acolhe muito bem o artista".
MAIS INFORMAÇÕES
A Boa do Samba: Show com Molejo e Fundo de Quintal, amanhã, a partir das 22h, no Mucuripe Club (Travessa Maranguape, 108- Centro). (3254-3020).
Karine ZaranzaRepórter
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