Durante o ano de 2010, houve manifestações contra a impunidade dos autores da morte de Zé Maria do Tomé (Foto: MAURI MELO) |
Debates sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos, caminhadas, panfletagens, inauguração de um memorial, celebração eucarística, vigília. São eventos programados para lembrar um ano da morte do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho. São organizados pela Comissão Diocesana da Caridade, da Justiça e da Paz de Limoeiro do Norte.
No dia 21 de abril do ano passado, Zé Maria do Tomé, como era conhecido, foi assassinado no caminho de casa, na Chapada do Apodi. Até agora, os autores do crime não foram identificados pela polícia.
Em carta aberta, os sacerdotes que fazem parte da Comissão Diocesana estão divulgando vários eventos programados para os próximos dias 19 e 20. Ocorrerão tanto na sede do município como na localidade do Tomé, onde o ambientalista lutava por melhores condições de vida e saúde dos moradores.
“Será uma ocasião privilegiada tanto para cobrarmos a apuração do crime e a punição dos culpados como, sobretudo, para denunciarmos os problemas provocados pelo modelo de desenvolvimento implantado na Chapada do Apodi e para apoiarmos e fortalecermos as resistências e as lutas por melhores condições de vida”. É o que cita o documento assinado pelos padres Almir, Marcos, Santana e Júnior.
Eles explicam que os eventos não serão realizados no dia 21 de abril (data do assassinato de Zé Maria) porque, neste ano, será Quinta-Feira Santa, véspera da celebração da paixão e morte de Jesus Cristo. “Começaremos, assim, já na véspera, a celebração/atualização do mistério pascal na vida, morte e ressurreição do povo da Chapada do Apodi”, relata o documento.
O assassinato do ambientalista, segundo os padres da Comissão, reuniu na luta por melhores condições de vida, na Chapada do Apodi, lideranças comunitárias, igreja, universidades e movimentos sociais.
“Esse modelo de desenvolvimento que concentra terra, polui a água e o meio ambiente, traz sérios problemas de saúde para a população e compromete a qualidade de vida das gerações futuras. Por isso, o dia 21 de cada mês se tornou um dia de luta em nossa região. Na medida do possível, temos programado as atividades para esse dia”, afirmam os sacerdotes, lembrando também a importante participação das pastorais sociais, da Cáritas Diocesana e da Comissão Pastoral da Terra.
Contra os agrotóxicos
Entidades e movimentos sociais acreditam que a morte de Zé Maria Filho foi por causa da insistente luta dele para acabar com o uso de agrotóxicos. Também pelas denúncias que fazia sobre a poluição das águas e a exploração dos trabalhadores. No dia em que morreu, Zé Maria seguia sozinho para casa, na comunidade do Tomé.
O primeiro evento, na tarde do dia 19, será um encontro das pastorais sociais sobre os grandes projetos desenvolvimentistas e os impactos na vida do povo.
E à noite haverá, na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, outro debate, que reunirá pesquisadores, profissionais de saúde, trabalhadores rurais e lideranças comunitárias em áreas de conflito com o uso de agrotóxico no Ceará.
Além disso, será realizado o lançamento de um livro de cordel sobre a utilização indiscriminada de agrotóxicos naquela região.
QuemENTENDA A NOTÍCIA
O ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, lutava contra o uso indiscriminado de agrotóxicos na localidade onde morava, em Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. Foi morto a tiros. Os autores do crime ainda não foram identificados.
PROGRAMAÇÃO
No próximo dia 19, imo, à tarde, haverá o Encontro Estadual das Pastorais Sociais sobre os grandes projetos e seus impactos na vida do povo, no Centro Diocesano de Pastoral.
À noite, um debate envolvendo comunidades em conflito com o uso de agrotóxico nas várias regiões do estado e lançamento do cordel sobre o uso de agrotóxicos. Local: Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam).
No dia 20, pela manhã, haverá um café comunitário no Centro Diocesano de Pastoral; visita e panfletagem nos bairros de Limoeiro do Norte; caminhada na comunidade do Tomé; marcha pelo centro de Limoeiro do Norte; almoço no Centro Diocesano de Pastoral.
Na tarde do dia 20, às 16 horas, haverá concentração no local do assassinato de Zé Maria, na Chapada do Apodi; caminhada para o Tomé e inauguração do Memorial da Chapada.
Às 18 horas, começa a celebração eucarística, que será seguida por uma vigília. Em seguida, show com o cantor Zé Vicente.
QuemENTENDA A NOTÍCIA
O ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, lutava contra o uso indiscriminado de agrotóxicos na localidade onde morava, em Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. Foi morto a tiros. Os autores do crime ainda não foram identificados.
PROGRAMAÇÃO
No próximo dia 19, imo, à tarde, haverá o Encontro Estadual das Pastorais Sociais sobre os grandes projetos e seus impactos na vida do povo, no Centro Diocesano de Pastoral.
À noite, um debate envolvendo comunidades em conflito com o uso de agrotóxico nas várias regiões do estado e lançamento do cordel sobre o uso de agrotóxicos. Local: Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam).
No dia 20, pela manhã, haverá um café comunitário no Centro Diocesano de Pastoral; visita e panfletagem nos bairros de Limoeiro do Norte; caminhada na comunidade do Tomé; marcha pelo centro de Limoeiro do Norte; almoço no Centro Diocesano de Pastoral.
Na tarde do dia 20, às 16 horas, haverá concentração no local do assassinato de Zé Maria, na Chapada do Apodi; caminhada para o Tomé e inauguração do Memorial da Chapada.
Às 18 horas, começa a celebração eucarística, que será seguida por uma vigília. Em seguida, show com o cantor Zé Vicente.
Rita Célia Faheina
ritacelia@opovo.com.br
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