quinta-feira, 31 de março de 2011

Cid diz que é ''complicado'' apoiar alguém se base rachar

Cid Gomes, ao que tudo indica, será o principal cabo eleitoral nas eleições de 2012 (JORGE ALVES, ESPECIAL PARA O POVO)
Cid Gomes, ao que tudo indica, será o principal cabo eleitoral nas eleições de 2012 (JORGE ALVES, ESPECIAL PARA O POVO)
Enquanto pipocam, em diversos partidos, apostas para a disputa municipal de 2012, o governador Cid Gomes (PSB), principal cabo eleitoral da política cearense atual, já sinaliza suas condições para apoiar candidatos a prefeituras em todo o estado. Ele afirma que deverá limitar seu respaldo àquelas candidaturas apoiadas por toda sua base de sustentação, em unidade.
Tal estratégia política segue o mesmo caminho de 2008. Naquele ano, nas eleições municipais, Cid circulou apenas pelas campanhas para prefeituras em municípios onde sua base esteve unida em torno de único nome. PSB, PMDB, PT e PCdoB eram as principais legendas da manutenção política de Cid. Hoje, inclui-se PDT. A exceção foi eleição para a prefeitura de Fortaleza, em que Cid retribuía apoio a Luizianne Lins (PT). Em entrevista ao O POVO, ontem, durante evento na Defensoria Pública do Estado do Ceará, o governador disse, com segurança, que tende a repetir o plano nas costuras das eleições municipais em todo o estado. “Onde essa base de diversos partidos estava aliada, isso permitiu, naturalmente, mais conforto, mais tranquilidade para a minha presença apoiando a candidatura desta base”, explicou, relembrando a postura de três anos atrás.
“Onde não houve essa união, onde todos os partidos que me apoiaram se dividiram, não tiveram, nos municípios, uma candidatura só, isso dificultou. E, na maioria dos casos, eu acabei não indo”, complementou Cid.
Para 2012, o governador deverá atuar sob a mesma estratégia política. “Isso é mais ou menos uma obviedade. Nos municípios em que se juntarem os mesmos partidos que me apoiaram, fica muito mais fácil eu ir e apoiar. Do contrário, vai ficar sempre complicado”, advertiu o governador. A tendência é que Cid estenda a orientação a Fortaleza, já que, segundo ele ele mesmo afirma, não tem mais nenhum compromisso de apoio político com Luizianne. Em 2008 foi diferente. Ele a apoiou a reeleição da petista em agradecimento ao fato de ela ter garantindo apoio do PT nas eleições de 2006, quando Cid concorreu pela primeira vez ao governo do Estado, sagrando-se vencedor lodo no primeiro turno.

Disputa em Fortaleza
Para a Prefeitura de Fortaleza, pelo menos cinco dos partidos de apoio a Cid - PT, PSB, PCdoB e PDT –, no entanto, já sinalizaram pretensão de ter candidatura própria. O PT tem, pelo menos, cinco nomes cogitados: o senador José Pimentel, o deputado federal Artur Bruno, o secretário de Cidades Camilo Santana e os vereadores Guilherme Sampaio e Acrísio Sena. O PDT joga com dois principais nomes: Heitor Férrer e Patrícia Saboya. PCdoB pode entrar na disputa com o senador Inácio Arruda. 
Já o próprio partido do governador, mesmo afirmando que deverá sair com candidato próprio, ainda não indicou possíveis nomes. O PMDB é a única legenda que ainda não sinalizou suas pretensões para o pleito do ano que vem. Ainda assim, cogita-se uma possível disputa com o senador Eunício Oliveira. 
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
É uma tarefa para lá de complicada manter, em 2012, a base aliada de Cid unida em Fortaleza. A relação observada em 2008 é bem mais frágil atualmente, principalmente após desentendimentos entre Cid e Luizianne Lins.

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