quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Preto Zezé toma posse na Cufa


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O cearense agora vai dirigir a entidade nacional que representa a cultura
 popular e atua junto às favelas FOTO JOSÉ LEOMAR



Francisco José Pereira, o Preto Zezé, assumiu, hoje, a presidência nacional da Central Única das Favelas (Cufa). O antigo presidente, MV Bill, transferiu o cargo, na manhã de ontem, no teatro José de Alencar, em Fortaleza. Assume a vice presidência Karina Santiago.
A Cufa atua oferecendo novas perspectivas de inclusão social àqueles que estão aquém das estatísticas sociais do Brasil. Desde 1998, a Central age como um polo de produção cultural e através de parcerias, apoios e patrocínios forma e informa os cidadãos, oferecendo novas perspectivas de inclusão social. Além disso, a Cufa promove atividades nos campos da educação, esportes, cultura e cidadania, contribuindo para o desenvolvimento humano.
Hoje, a ONG é referencial para as comunidades. A sua atuação está nos 26 estados da federação e no Distrito Federal, onde possui bases de trabalho. A luta pelos direitos humanos e o trabalho desenvolvido na área de produção cultural deram à Cufa prêmios, como o Cultura Nota 10 (apresentação do Projeto Ver Favela), em 1993, do Instituto Cultural Cidade Viva. Em 2004, a entidade recebeu da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz a Medalha Jorge Carelli de Direitos Humanos.
Em 2005, recebeu da Unesco prêmio na categoria Juventude e do Ministério da Justiça, prêmio máximo na categoria Direitos Humanos. Para Preto Zezé, a Central Única das Favelas entra em uma nova era. A partir daí, há o fortalecimento de uma das maiores ONG´s do Brasil, segundo ele. O trabalho se fortifica em todos os locais onde possui bases, fazendo com que outras tantas se abram todos os anos em busca de um único objeto: o empoderamento daqueles que estão aquém das estatísticas sociais do Brasil.

Ceará
A Cufa Ceará existe desde 2005. Sua forma de expressão maior é o Hip Hop. Com isso, a ONG objetiva difundir atividades em linguagem própria. O maior propósito é favorecer a conscientização das camadas da população menos privilegiadas, elevando a autoestima de forma a organizar, incentivar e legitimar o discurso dessas comunidades. Os trabalhos no viés cultural se concentram no emprego do DJ, o Graffiti, o Break, o Rap e também a produção do Núcleo de Audiovisual e Literatura, entre outros, além da prática esportiva do Basquete de Rua. A Cufa Ceará promove, produz e veicula a cultura destas diversas manifestações através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, festivais de música, cinema, oficinas de arte, debates, mesas-redondas.
A partir do princípio ´Fazendo do Nosso Jeito´, a Cufa tornou-se referencial para as comunidades. No Ceará, a Central única das Favelas possui bases em Fortaleza (Comunidade das Quadras/Aldeota, Pantanal, Acaracuzinho, Pirambu, Bom Jardim, Verdes Mares, Serviluz, Castelo Encantado, Conjunto Ceará, Pirambu, Aerolândia, Trilho e Lagamar, entre outras), em Juazeiro do Norte e em Sobral. Na seara da cultura - além de ações pontuais representadas pela realização de oficinas diversas, escolinhas de dança e basquete e cursos de formação e cidadania que abrangem da infância à Terceira Idade -, a Cufa Ceará vem desenvolvendo alguns projetos essenciais.
Em mais uma atuação solidária, a Cufa realizou, na terça, no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza, o festival Somlidário com o objetivo de receber donativos que serão destinados às vítimas das chuvas. O evento arrecadou seis volumes de roupas e quase uma tonelada de alimentos. Para o presidente Nacional da Cufa, Preto Zezé, esse sentimento de solidariedade deve ser constante "Não tem data para ser solidário", afirmou o presidente.

LINA MOSCOSOREPÓRTER

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