sábado, 5 de fevereiro de 2011

CÂNCER: País deve ter 500 mil novos casos


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Alexandre Padilha diz que vai ampliar o acesso a tratamento na rede pública
FOTO: AGÊNCIA BRASIL


Rio de Janeiro O Brasil deve registrar este ano 500 mil novos casos de câncer, segundo estimativa divulgada ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O dado indica um leve aumento em relação à previsão feita no ano passado pela entidade, de 489 mil casos.

A aceleração da ocorrência de casos da doença no País seria reflexo de uma tendência mundial, mas passou a ser registrada mais recentemente no Brasil devido ao envelhecimento da população e aos avanços no tratamento de doenças infecciosas, antigas causas mais frequentes de morte.
Segundo o Inca, os gastos do Ministério da Saúde com o atendimento de pacientes com câncer cresceu 20% entre 2000 e 2007, atingindo R$ 1,4 bilhão. São custos que cobrem a internação de 500 mil pacientes por ano, além de 235 mil sessões de quimioterapia e 100 mil de radioterapia por mês.
"Estamos diante de um cenário provocado por progressos que permitiram o envelhecimento da população, mas que também proporcionaram hábitos como a alimentação inadequada e a falta de atividades físicas, por exemplo", alertou o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini. "Esta situação requer preocupações e ações específicas de toda a sociedade".
Durante um evento que marcou o Dia Mundial do Câncer na sede do Inca, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o novo governo pretende ampliar o acesso ao tratamento de câncer na rede pública e intensificar o controle de qualidade de exames preventivos, com o objetivo de impedir erros de diagnóstico.

"Swat do SUS"
Para atuar rapidamente em casos de tragédias, o Ministério da Saúde vai criar a Equipe Nacional de Resgate. A partir dos cerca de 4 mil médicos e enfermeiros cadastrados como voluntários para trabalhar nos atendimentos da região serrana do Rio, surgiu a ideia de formar a "Swat do SUS", como definiu ontem Alexandre Padilha, na cerimônia de entrega de ambulâncias para municípios do Rio.
"Nós queremos profissionalizar uma equipe nacional de ação de resgate como a que surgiu de forma improvisada na região serrana", disse.
Segundo Padilha, 100 médicos e enfermeiros com experiência no atendimento das vítimas do terremoto do Haiti e das enchentes no Nordeste já estão cadastrados para participar da equipe. Hospitais universitários federais, as forças armadas, Estados e municípios vão colaborar com pessoal, além dos voluntários, que receberão treinamento constante.

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