quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Bruno vai treinar no presídio

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Segundo o advogado de defesa, Bruno está deprimido e não tem demonstrado ânimo para voltar a treinar
FOTO: FOLHAPRESS

Belo Horizonte. Afastado dos campos desde julho do ano passado, o goleiro Bruno Fernandes, acusado do assassinato da amante Eliza Samudio, de 25 anos, vai voltar a treinar. Ele está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, mas conseguiu uma autorização para retornar à atividade, com equipamentos.
A decisão foi da Vara de Execuções Criminais do Fórum de Contagem, que acatou um pedido da defesa do goleiro, que já atuou pelo Atlético-MG, Corinthians e Flamengo. A questão da segurança foi analisada pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), que permitiu ao atleta usar meião, caneleira e bola durante os banhos de sol.
Os treinos acontecerão apenas durante os banhos de sol, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 9h30 e das 10h às 12h. Os jogos serão comuns aos presos. A Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais (Seds) informou que a prisão já oferece algumas bolas para os detentos se exercitarem durante o banho de sol. Ainda segundo a Seds, não é possível dizer se Bruno já participava de exercícios com as bolas do presídio.
A autorização foi concedida pela juíza do caso, Marixa Rodrigues, do Fórum de Contagem, no último dia 25 de janeiro. Depois, a Subsecretaria de Administração Prisional do governo mineiro avaliou que não havia riscos de segurança.
De acordo com o advogado do goleiro, Cláudio Dalledone, Bruno aparenta estar deprimido e não tem se ´animado´ para fazer os exercícios. "Não está treinando ainda. Ele está há oito meses encarcerado, sendo que tem a possibilidade de responder (ao processo sobre a morte de Eliza Samudio) em liberdade", disse o advogado. Segundo Dalledone, a entrega do material autorizado pela Justiça, que será feita pela família, ainda não aconteceu, e que o uso do material esportivo é uma "tentativa de fazer Bruno se animar".
AcusaçãoBruno foi preso em julho do ano passado, por ordem da Justiça, acusado de envolvimento no sequestro e assassinato de Eliza. No fim do ano, a juíza Marixa determinou que o goleiro seja julgado por um júri popular.
Além de Bruno, também serão julgados pelo crime o braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão"; Sérgio Rosa Sales, que é primo de Bruno; e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de ter executado a vítima. Outros quatro acusados, que estão em liberdade, vão responder a processo por sequestro e cárcere privado.
O jogador sempre negou o crime e disse várias vezes que pretende voltar a jogar futebol ao deixar a prisão.
A ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, a namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro, o caseiro do sítio do jogador, Elenílson Vítor da Silva, e Wemerson Marques, o "Coxinha", estão soltos e respondem ao processo de homicídio de Eliza em liberdade.

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