O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, está se desenvolvendo em ambientes sujos e até em água salgada. A conclusão é da pesquisadora Marylene de Brito Arduino, da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) de São Paulo. Marylene diz, porém, que ter encontrado larvas do Aedes em água com sal não significa que o inseto possa se reproduzir no mar.
Ela está testando, no entanto, qual o limite de salinidade que as larvas suportam. Estudo realizado por Marylene em São Sebastião (SP) mostrou que larvas do mosquito foram encontradas em recipientes com água tendo resíduos de sal e até em outros com produtos como graxa, tinta, cal e óleo combustível.
Dos 1.325 pontos com larvas de Aedes analisados por Marylene na pesquisa, 323 estavam em água com algum tipo de salinidade:ou seja, resíduos de sal ou outros produtos químicos.
Segundo a pesquisadora, o resultado mostra que é preciso se preocupar com possíveis criadouros antes ignorados, como latas de tinta e pneus com resto de óleo.
“O mosquito está evoluindo. Todas as espécies tentam manter sua população. Se não encontram o ambiente que preferiam antes, acabam se adaptando ao que existe”.
O virologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Celso Francisco Hernandes Granato, especialista em dengue, diz que não se surpreende com a possibilidade.
“O conceito que tenho é que ele (Aedes) prefere água limpa e parada. No entanto, trata-se de um mosquito de grande facilidade de adaptação, o que certamente possibilita que procure novos locais de reprodução”, diz.
Dengue 4
O segundo caso de dengue tipo 4 no Amazonas foi confirmado ontem pelo Ministério da Saúde. A doença foi diagnosticada em um bebê. A primeira pessoa com a dengue tipo 4 no Estado tinha sido registrada num adolescente no mês passado. Os dois pacientes já receberam alta e passam bem. Os casos ocorreram em Manaus. (da Folhapress)
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