Foto: Ricardo Stuckert Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa o Palácio do Planalto em seu último dia de governo |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despediu na tarde desta sexta-feira dos funcionários do Palácio do Planalto lamentando o fim das mordomias com o término do mandato. Em tom de brincadeira Lula disse que, se a presidenta eleita Dilma Rousseff vacilar, ele foge com a faixa presidencial correndo pela esplanada dos ministérios.
“Eu quero ver, na segunda-feira, quando não tiver ajudante de ordens, quem virá trazer os óculos: Dona Marisa, pega meus óculos? ‘Vai pegar você!’ Ô meu filho, pega um cafezinho para mim? ‘Não sou seu empregado!’ E a vida continua, Guido”, disse Lula, olhando para o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Bem humorado, o presidente disse que tem treinado para sair correndo com a faixa presidencial em vez de entregá-la a Dilma. “Amanhã, às 4 horas, passarei a faixa para a Dilma. Se ela vacilar eu saio correndo, quero ver ela correr atrás de mim na Esplanada, atrás daquela faixa. Por isso é que eu me preparei fisicamente. Ela disse que parou de andar, então ela vai estar menos preparada do que eu, fisicamente”, brincou.
Lula se conteve para evitar as lágrimas ao rememorar sua trajetória política desde a candidatura ao governo de São Paulo, em 1982, passando pela campanha pelas Diretas Já, em 1984 e pelas caravanas da cidadania, a partir de 1993.
“Eu vou dizer algumas palavras. Eu vou fazer o esforço que o Gonçalves fez, ontem, para não chorar. O Gonçalves se engasgou umas duzentas vezes, mas isso porque me parece que, na lógica do Exército, general que é general não chora. Aqui na minha lógica, é o seguinte: chora quem pode chorar, quem tem vontade de chorar e quem tem motivo para chorar”, se referindo ao general Gonçalves Dias, chefe da segurança pessoal da presidência.
Os relatos eram entremeados por comentários e revelações como, por exemplo, a de que foi o líder cubano Fidel Castro que o convenceu a não abandonar a carreira política depois da derrota em 1982.
fonte: ultimo segundo
“Eu quero ver, na segunda-feira, quando não tiver ajudante de ordens, quem virá trazer os óculos: Dona Marisa, pega meus óculos? ‘Vai pegar você!’ Ô meu filho, pega um cafezinho para mim? ‘Não sou seu empregado!’ E a vida continua, Guido”, disse Lula, olhando para o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Bem humorado, o presidente disse que tem treinado para sair correndo com a faixa presidencial em vez de entregá-la a Dilma. “Amanhã, às 4 horas, passarei a faixa para a Dilma. Se ela vacilar eu saio correndo, quero ver ela correr atrás de mim na Esplanada, atrás daquela faixa. Por isso é que eu me preparei fisicamente. Ela disse que parou de andar, então ela vai estar menos preparada do que eu, fisicamente”, brincou.
Lula se conteve para evitar as lágrimas ao rememorar sua trajetória política desde a candidatura ao governo de São Paulo, em 1982, passando pela campanha pelas Diretas Já, em 1984 e pelas caravanas da cidadania, a partir de 1993.
“Eu vou dizer algumas palavras. Eu vou fazer o esforço que o Gonçalves fez, ontem, para não chorar. O Gonçalves se engasgou umas duzentas vezes, mas isso porque me parece que, na lógica do Exército, general que é general não chora. Aqui na minha lógica, é o seguinte: chora quem pode chorar, quem tem vontade de chorar e quem tem motivo para chorar”, se referindo ao general Gonçalves Dias, chefe da segurança pessoal da presidência.
Os relatos eram entremeados por comentários e revelações como, por exemplo, a de que foi o líder cubano Fidel Castro que o convenceu a não abandonar a carreira política depois da derrota em 1982.
“O Fidel olhou para mim e falou o seguinte: ‘Ô, Lula, em que lugar do Planeta um operário metalúrgico teve 1,250 milhão de votos? Em que lugar? Não existe nenhum lugar do mundo que um metalúrgico, operário de fábrica tenha tido 1,250 milhão de votos. Que história de perder é essa, Lula?’ E aí eu saí de lá convencido de que eu não tinha perdido, que eu tinha fincado uma estaca”, disse.
O presidente começou o discurso lendo o texto de abertura de seu programa de governo da campanha de 2002. “Sempre tive a firme convicção de que a principal riqueza de uma nação é o seu povo. Por isso, não é difícil avaliar o sucesso ou o fracasso de um governo. Basta olhar para os salários e a renda do povo, ver se os índices de desemprego e desigualdade diminuíram e se a educação ficou de melhor qualidade”.
Na sequência o presidente voltou a usar seu clichê favorito para dizer que “nunca na história desse país” tantos movimentos sociais tiveram acesso ao Palácio do Planalto. Segundo Lula, a participação popular é o maior legado do governo.
Ao falar do trabalho de seus assessores, Lula pediu desculpas pelas reclamações e atritos ao longo de oito anos, lembrou que proibiu a segurança de agredir manifestantes, mas admitiu agressões por parte dos movimentos populares que o apoiaram, ao lembrar um choque entre estudantes e catadores de lixo em Sorocaba.
“Eu falava: repressão de catador de papel pode, o que não pode é repressão de cima para baixo; de baixo para cima, de vez em quando, até que ela pode acontecer. Bem, o general Gonçalves, todas as vezes que nós conversávamos: General, eu não quero que a nossa segurança oficial levante um dedo para uma pessoa. Quem tem que fazer isso é o nosso pessoal, lá embaixo, e não os nossos seguranças”.
O presidente começou o discurso lendo o texto de abertura de seu programa de governo da campanha de 2002. “Sempre tive a firme convicção de que a principal riqueza de uma nação é o seu povo. Por isso, não é difícil avaliar o sucesso ou o fracasso de um governo. Basta olhar para os salários e a renda do povo, ver se os índices de desemprego e desigualdade diminuíram e se a educação ficou de melhor qualidade”.
Na sequência o presidente voltou a usar seu clichê favorito para dizer que “nunca na história desse país” tantos movimentos sociais tiveram acesso ao Palácio do Planalto. Segundo Lula, a participação popular é o maior legado do governo.
Ao falar do trabalho de seus assessores, Lula pediu desculpas pelas reclamações e atritos ao longo de oito anos, lembrou que proibiu a segurança de agredir manifestantes, mas admitiu agressões por parte dos movimentos populares que o apoiaram, ao lembrar um choque entre estudantes e catadores de lixo em Sorocaba.
“Eu falava: repressão de catador de papel pode, o que não pode é repressão de cima para baixo; de baixo para cima, de vez em quando, até que ela pode acontecer. Bem, o general Gonçalves, todas as vezes que nós conversávamos: General, eu não quero que a nossa segurança oficial levante um dedo para uma pessoa. Quem tem que fazer isso é o nosso pessoal, lá embaixo, e não os nossos seguranças”.
fonte: ultimo segundo
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