São Paulo - A jornalista Eliane Cantanhêde, articulista do jornal Folha de S. Paulo, lança amanhã, (12/01)na Livraria da Travessa, em Ipanema, a biografia de um dos homens que estiveram mais perto de Lula nos últimos oito anos: o ex-vice-presidente José Alencar. O livro chega às prateleiras no momento em que Alencar, internado com hemorragia em decorrência do câncer, teve uma melhora. Ontem, ele deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI ) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A hemorragia está controlada.
A obra, intitulada ‘José Alencar — Amor à vida’, narra desde a infância do empresário mineiro até a sua luta, considerada milagrosa por alguns médicos, contra o câncer. A biografia é a primeira obra de um selo de livros de não-ficção da editora Sextante, que escolheu Eliane Cantanhêde para escrevê-lo.
Na obra, a jornalista conta histórias do homem que apoiou o Golpe Militar para, mais tarde, participar da campanha das Diretas Já.
Na obra, a jornalista conta histórias do homem que apoiou o Golpe Militar para, mais tarde, participar da campanha das Diretas Já.
Em 2002, o empresário se elegeu vice-presidente na chapa do ex-torneiro-mecânico Luiz Inácio Lula da Silva. Eliane Cantanhêde lembra-se da primeira entrevista que fez com o então vice-presidente na sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, em Brasília, no fim de 2009. Na ocasião, o vice sentia febre e estava no segundo dia da quimioterapia.
“A primeira entrevista com ele durou sete horas e meia. Depois, foram entrevistas com muitos amigos e parentes. Ao todo, foram cerca de 40 horas de conversa só com Alencar”, revela a jornalista, que conta uma curiosidade: Alencar não gostou do título da biografia, ‘Amor à vida’. Eliane diz que ele sugeriu ‘Amor ao Brasil’, mas ela rebateu dizendo que pareceria release.
Nascida no Rio de Janeiro, mas radicada em Brasília, onde se formou na Universidade de Brasília (UNB), Eliane Cantanhêde trabalhou em veículos como o Jornal do Brasil, a Revista Veja, Estado de S. Paulo e SBT.
‘Você acha que eu mereço um livro?’
Enquanto elaborava a biografia, Eliane Cantanhêde dividia o seu tempo com o trabalho na Folha de S. Paulo. Para escrever o livro, Eliane abriu mão de fins de semanas, férias e até dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. O primeiro deles, contra a Coreia do Norte, viu em São Paulo, na casa do então vice-presidente.
“Passei esse dia na casa dele. Também ouvi até médicos de Alencar. Enquanto fazia o livro fiquei muito próxima da Dona Mariza (esposa de Alencar) e de Josué (seu filho), que me ajudaram bastante”, afirma.
Eliane lembra que, antes de começar a escrever o livro, procurou Alencar para saber a opinião dele sobre a ideia. O então vice-presidente se mostrou surpreendido: “Mas você acha que eu mereço um livro?”, perguntou. Ela, porém, não trabalhou sozinha e agradece as contribuições da jornalista Tainá Falcão e da doutora em História Irene Rezende, que a ajudaram na pesquisa para a obra.
Luta contra o câncer
Antes da melhora de ontem, José Alencar passou por dias difíceis no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde está internado desde o dia 22 de dezembro do ano passado, por causa de uma hemorragia no intestino em decorrência do câncer no órgão.
A descoberta da doença aconteceu em 1997, quando ele fez exames de check-up e encontrou tumores no intestino e no rim direito. Nos últimos 13 anos, ele foi submetido a 17 cirurgias. Uma delas retirou parte do intestino delgado e parte do intestino grosso. A última das operações aconteceu no dia 22, quando chegou ao Sírio-Libanês com hemorragia grave. Em setembro do ano passado, Alencar precisou retomar a quimioterapia. Os resultados foram bons e seu nome chegou a ser cogitado para as eleições ao Governo mineiro.
“A primeira entrevista com ele durou sete horas e meia. Depois, foram entrevistas com muitos amigos e parentes. Ao todo, foram cerca de 40 horas de conversa só com Alencar”, revela a jornalista, que conta uma curiosidade: Alencar não gostou do título da biografia, ‘Amor à vida’. Eliane diz que ele sugeriu ‘Amor ao Brasil’, mas ela rebateu dizendo que pareceria release.
Nascida no Rio de Janeiro, mas radicada em Brasília, onde se formou na Universidade de Brasília (UNB), Eliane Cantanhêde trabalhou em veículos como o Jornal do Brasil, a Revista Veja, Estado de S. Paulo e SBT.
‘Você acha que eu mereço um livro?’
Enquanto elaborava a biografia, Eliane Cantanhêde dividia o seu tempo com o trabalho na Folha de S. Paulo. Para escrever o livro, Eliane abriu mão de fins de semanas, férias e até dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. O primeiro deles, contra a Coreia do Norte, viu em São Paulo, na casa do então vice-presidente.
“Passei esse dia na casa dele. Também ouvi até médicos de Alencar. Enquanto fazia o livro fiquei muito próxima da Dona Mariza (esposa de Alencar) e de Josué (seu filho), que me ajudaram bastante”, afirma.
Eliane lembra que, antes de começar a escrever o livro, procurou Alencar para saber a opinião dele sobre a ideia. O então vice-presidente se mostrou surpreendido: “Mas você acha que eu mereço um livro?”, perguntou. Ela, porém, não trabalhou sozinha e agradece as contribuições da jornalista Tainá Falcão e da doutora em História Irene Rezende, que a ajudaram na pesquisa para a obra.
Luta contra o câncer
Antes da melhora de ontem, José Alencar passou por dias difíceis no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde está internado desde o dia 22 de dezembro do ano passado, por causa de uma hemorragia no intestino em decorrência do câncer no órgão.
A descoberta da doença aconteceu em 1997, quando ele fez exames de check-up e encontrou tumores no intestino e no rim direito. Nos últimos 13 anos, ele foi submetido a 17 cirurgias. Uma delas retirou parte do intestino delgado e parte do intestino grosso. A última das operações aconteceu no dia 22, quando chegou ao Sírio-Libanês com hemorragia grave. Em setembro do ano passado, Alencar precisou retomar a quimioterapia. Os resultados foram bons e seu nome chegou a ser cogitado para as eleições ao Governo mineiro.
POR JOÃO NOÉ
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