Ônibus próprio e bem adesivado, figurino babado, instrumentos sem fio, que é para facilitar a locomoção dançante dos músicos no palco – um sonho aqui, outro ali, que as bandas Bem Querer, Pé de Ouro e Zambare vêm acalentando faz tempo e amanhã podem concretizar.
As três são finalistas do 1° Circuito A Boa do Forró, que acontece no Kangalha, mostrando que o forró deixou de vez o estigma da periferia e, a reboque, que as empresas identificam na música de mercado um filão inesgotável. Os prêmios? A produção, assessoria e gravação de CD e DVD do primeiro álbum e um contrato com a A3 Entretenimento, empresa odiada por uns e endeusada por outros. É da carta de produtos dela, por exemplo, fenômenos como a Aviões do Forró e o Forró do Muído.
As três são finalistas do 1° Circuito A Boa do Forró, que acontece no Kangalha, mostrando que o forró deixou de vez o estigma da periferia e, a reboque, que as empresas identificam na música de mercado um filão inesgotável. Os prêmios? A produção, assessoria e gravação de CD e DVD do primeiro álbum e um contrato com a A3 Entretenimento, empresa odiada por uns e endeusada por outros. É da carta de produtos dela, por exemplo, fenômenos como a Aviões do Forró e o Forró do Muído.
Só de participar do concurso a movimentação já começou. “Viiiixe, a banda deu entrevista na rádio. Tá mexendo com a cidade que é muito pequena, tem 22 mil habitantes. Tem até comemoração lá”, conta Ana Angélica Leite, empresária da banda Bem Querer, de Jucás, a 380km de Fortaleza. É também de Jucás a banda Padre Pio, de 100 anos. Tanto que integrantes de uma estão na outra, inclusive o maestro – lendo partitura no palco e tudo. Com a tradição da música instrumental nas costas, a Prefeitura resolveu mudar de prumo e criou uma banda de forró – “pros mais novos”, explica Ana, com o mesmo tom excitado na voz. E toca onde? “Em aniversário, festa de Padroeira, clube, balneário”.
Aventureiro no forró também era o empresário e compositor Wagninho, da Zambare. De banda de rock, que só tocava a pedidos (eles pedindo para tocar), veio a de pagode, no rastro do Raça Negra. “Chamava Samba Mania. Só que o forró veio assim, destruindo tudo”. O jeito deu jeito e hoje ele é daqueles “forrozeiros natos”. Sediados em Itapipoca, eles tocam em boa parte da região Norte: Sobral, Acaraú, Itarema, Itapajé, Paracuru. Quem dera, ele pudesse ganhar o prêmio. “Ia melhorar tudo, eu gosto de botar os meninos sempre com uma blusinha legal, as capinhas do CD são feitas em Fortaleza...”.
A terceira concorrente faz uma média de 25 shows por mês. “De Jijoca até ao Leblon”, descreve o empresário Carlos Alberto. Compositor também, ele diz que para ter sucesso ou é música de corno ou remelexo. “Ave Maria, o pessoal gosta demais. Na hora de escrever, você imagina pelo que o cara tá passando pra sair mais emotiva”. Além do repertório, Carlos acredita que essa é uma banda diferenciada: “A Pé de ouro é toda globalizada”. Como assim? Todo mundo dança no palco”.
SERVIÇO
GRANDE FINAL DO 1º CIRCUITO A BOA DO FORRÓ
Quando: hoje, 17
Onde: Kangalha (avenida Washington Soares, 6257)
Horário: 22h
Ingresso: R$ 15 (preço único)
Nenhum comentário:
Postar um comentário