terça-feira, 9 de novembro de 2010

CANOA QUEBRADA; TJCE decide hoje sobre barracas

Para promotor, os estabelecimentos ficam sobre falésias ou encostados nelas. Barraqueiros criticamO recurso contra a liminar concedida à Ação Civil Pública que determinou o fechamento das 22 barracas localizadas na orla da Praia de Canoa Quebrada deverá será julgado hoje pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado Sérgia Miranda. A informação é do promotor de Justiça da Comarca de Aracati, Alexandre Alcântara.


Para ele, apesar dos protestos dos comerciantes e de boa parte da comunidade, a medida sugerida pelo Ministério Público Estadual já era prevista há cerca de um ano. "Fomos acionados até mesmo pelo Corpo de Bombeiros", informou o promotor, adiantando que o funcionamento das barracas na área, além de ameaçar as falésias, põe em risco a integridade física de trabalhadores e frequentadores dos estabelecimentos comerciais.

"As barracas ficam sobre as falésias ou encostadas nelas, numa localização totalmente irregular", comentou o promotor, acrescentando que o assunto entrou em discussão em julho do ano passado. "Inclusive, foi dado um prazo aos comerciantes e ao Município para sanar o problema", disse ele, esclarecendo que a saída é transferir as barracas para uma outra área.

A determinação de fechar as 22 barracas foi da juíza Maria do Socorro Montezuma Bulcão, da 1ª Vara de Aracati, na última quinta-feira. Contudo, no início da noite de ontem, o diretor da Associação dos Empreendedores de Canoa Quebrada (Asdecq), Luís Nogueira, ressaltou ser "muito grande a expectativa dos empresários quanto ao julgamento do recurso".

Prejuízos
Confiante de que a desembargadora poderá julgar pela queda da liminar, ele lembrou que já existem famílias passando necessidade devido à suspensão do direito de comercializar na orla de Canoa Quebrada. "Por isso, nós procuramos o Tribunal de Justiça do Estado", citou.

Dono de uma barraca que funciona há quase 20 anos em uma das praias mais bonitas e badaladas do litoral cearense, Luís Nogueira lembra que a decisão judicial vem prejudicando também o turismo na região. "O clima é de revolta até por parte da comunidade", afirmou.

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