Em nove anos, a quantidade de óbitos ocasionados por acidentes com motos quase triplicou no País THIAGO GASPAR (01/10/2010) |
No Brasil, em 2010, foi superada a marca de 40 mil óbitos. Número de internações chegou a 145 mil no SUS
Brasília. Em 2010 morreram no Ceará 1.965 pessoas em acidentes de trânsito, sendo 683 por motos, um crescimento de 27,26% comparado a 2009. Já em nove anos (2002 a 2010) o aumento de óbitos nas estradas cearenses foi de 30,91%.
Em todo o País pessoas estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre, principalmente quando o veículo é motocicleta. É o que aponta o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010 revelam: 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas, por ocorrências com motocicletas.
Em nove anos (de 2002 a 2010), a quantidade de óbitos ocasionados por acidentes com motos quase triplicou no país, saltando de 3.744 para 10.143 mortes.
"Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", alerta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele observa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o quinto lugar em ocorrências como essas. "Estamos atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia", completou.
De acordo com o SIM, entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Entre as regiões, o maior percentual de aumento na quantidade de óbitos (entre 2002 e 2010) foi registrado no Norte (53%), Nordeste (48%), Centro-Oeste (22%), Sul (17%) e Sudeste (10%).
Internações
Padilha explica que o problema só não é maior porque as ações de ampliação de unidades de urgência e emergência, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), vêm aumentando a proporção de vidas salvas, em relação a óbitos.
"Há uma queda na proporção entre mortes em acidentes e internações. Nos últimos três anos, o índice cai de 0,38, passa por 0,29 e chega a 0,24. As ações de saúde em urgência e emergência têm conseguido reduzir a proporção de óbitos por acidentes de trânsito. Mas essa verdadeira epidemia de lesões e mortes por acidentes de trânsito aumentam muito o número absoluto de internações e óbitos", afirma o ministro.
Em 2010, foram contabilizadas 145 mil internações no SUS causadas por acidentes, 15% a mais do que em 2009. Isso representou um investimento de R$ 190 milhões só em procedimentos específicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No período, houve um aumento de 8% no número de óbitos. Os índices de crescimento no número de mortes em consequência de acidentes com motocicletas são ainda mais alarmantes.
Em nove anos, os óbitos mais que triplicaram na Região Sudeste, saltando de 940, em 2002, para 2.948, em 2010 - um crescimento de 214%. No Nordeste, 158% no Centro-Oeste, 147% no Norte e 144% no Sul. Neste ano, os números do primeiro semestre apontam que são 72,4 mil internações de vítimas. Desse total, 35,7 mil, são vítimas de moto, o que representa quase 50%.
Brasília. Em 2010 morreram no Ceará 1.965 pessoas em acidentes de trânsito, sendo 683 por motos, um crescimento de 27,26% comparado a 2009. Já em nove anos (2002 a 2010) o aumento de óbitos nas estradas cearenses foi de 30,91%.
Em todo o País pessoas estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre, principalmente quando o veículo é motocicleta. É o que aponta o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010 revelam: 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas, por ocorrências com motocicletas.
Em nove anos (de 2002 a 2010), a quantidade de óbitos ocasionados por acidentes com motos quase triplicou no país, saltando de 3.744 para 10.143 mortes.
"Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", alerta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele observa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o quinto lugar em ocorrências como essas. "Estamos atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia", completou.
De acordo com o SIM, entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Entre as regiões, o maior percentual de aumento na quantidade de óbitos (entre 2002 e 2010) foi registrado no Norte (53%), Nordeste (48%), Centro-Oeste (22%), Sul (17%) e Sudeste (10%).
Internações
Padilha explica que o problema só não é maior porque as ações de ampliação de unidades de urgência e emergência, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), vêm aumentando a proporção de vidas salvas, em relação a óbitos.
"Há uma queda na proporção entre mortes em acidentes e internações. Nos últimos três anos, o índice cai de 0,38, passa por 0,29 e chega a 0,24. As ações de saúde em urgência e emergência têm conseguido reduzir a proporção de óbitos por acidentes de trânsito. Mas essa verdadeira epidemia de lesões e mortes por acidentes de trânsito aumentam muito o número absoluto de internações e óbitos", afirma o ministro.
Em 2010, foram contabilizadas 145 mil internações no SUS causadas por acidentes, 15% a mais do que em 2009. Isso representou um investimento de R$ 190 milhões só em procedimentos específicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No período, houve um aumento de 8% no número de óbitos. Os índices de crescimento no número de mortes em consequência de acidentes com motocicletas são ainda mais alarmantes.
Em nove anos, os óbitos mais que triplicaram na Região Sudeste, saltando de 940, em 2002, para 2.948, em 2010 - um crescimento de 214%. No Nordeste, 158% no Centro-Oeste, 147% no Norte e 144% no Sul. Neste ano, os números do primeiro semestre apontam que são 72,4 mil internações de vítimas. Desse total, 35,7 mil, são vítimas de moto, o que representa quase 50%.
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