sábado, 16 de abril de 2011

Visita de Marina divide o PV Ceará

FOTO: AGÊNCIA REUTERS
Marina Silva iniciou a campanha por mudanças no PV depois que a atual direção nacional ganhou novo mandato
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 A vinda da ex-senadora Marina Silva (PV) a Fortaleza, neste sábado, está dividindo representantes do partido no Ceará. Enquanto a corrente do atual presidente estadual da agremiação, Marcelo Silva, é contra o movimento de democratização interna encabeçado por Marina, outros filiados à sigla abraçaram a ideia da ex-parlamentar, que vai discursar em evento na Câmara Municipal, às 15h30.
Marina, que disputou no ano passado a Presidência do País, vem ao Ceará dar continuidade às discussões do Movimento Transição Democrática do PV e debater junto aos cearenses a necessidade de renovação do partido. O movimento é o reflexo do descontentamento de filiados com a decisão nacional de prorrogar o mandado do atual quadro nacional de dirigentes.
Além de discutir junto aos demais representantes do PV as perspectivas do partido, os apoiadores cearenses de Marina Silva esperam, inclusive, dissolver a direção estadual no Ceará, ou pelo menos formalizar um pleito para a escolha dos membros. "A nossa pretensão é mudar o diretório estadual ou realizar eleições", revelou Paulo Eduardo Lima (Polô), membro da Executiva Estadual do partido que disputou vaga no Senado em 2010.

Abertura
Junto a Polô, também integra o movimento no Ceará, o vereador Erom Moreira (PV). Foi ele quem pediu autorização à Câmara Municipal para que o evento seja realizado na Casa. Ele cobrou uma "abertura" maior da agremiação no Ceará e declarou: "Esse movimento não se trata de algo particular, mas de uma abertura para democratização do partido".

Críticas
Erom Moreira fez críticas à atual administração do PV Ceará e afirmou que o partido precisa ser oxigenado. "Marcelo está há 12 anos na presidência. O que a gente vislumbra é a abertura do partido e aqui não existe", ressaltou o parlamentar.
Já o presidente do PV, Marcelo Silva, revelou que não vai comparecer ao evento de hoje e chamou de "isolada" a movimentação. "Isso é resultado da questão lá de cima (nacional) e ela (Marina) está indo em todos os estados e está havendo essa crise. Mas nós cumprimos o estatuto do PV. Nós obedecemos as regras do partido", ressaltou.
O deputado estadual Roberto Mesquita (PV) se declarou integrante da "corrente de Marcelo Silva" e observou que, apesar do partido precisar de uma oxigenação, a "turma da Marina não pode dar as cartas". Ele citou a tentativa de "petização" dentro do PV, referindo-se aos ex-filiados ao PT que acompanham Marina Silva.

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